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Venezuela prende três generais por 'golpe'

Segundo governo, detidos pretendiam derrubar presidente Maduro; não foram dados detalhes da suposta trama

Deputada oposicionista María Corina Machado, que foi cassada de forma sumária, diz que volta hoje ao país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou ontem que foram detidos três generais da Força Aérea que, segundo ele, pretendiam colocar os militares contra o governo para realizar um golpe de Estado.

Maduro disse que os três foram colocados à disposição dos tribunais militares.

"Ontem [anteontem] à noite capturamos três generais que estávamos investigando graças à poderosa moral da nossa Força Armada Nacional Bolivariana. São três generais que pretendiam levantar a Força Aérea contra o governo", disse o presidente.

Maduro acrescentou que a descoberta da tentativa de golpe foi possível devido à "consciência dos oficiais, os mais jovens, generais, tenentes-coronéis, que vieram alarmados denunciar que eles estavam sendo convocados para realizar um golpe de Estado no país".

Segundo o presidente, o grupo capturado tem vínculos diretos com setores da oposição e dizia que esta semana seria "decisiva" para o seu suposto intento.

Maduro deu a informação durante a reunião com chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) no Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano.

O encontro foi convocado para discutir a situação no país, que enfrenta protestos contra o governo. A identidade dos generais detidos não foi divulgada.

Não é a primeira vez que o governo acusa a oposição de tramar um novo golpe, a exemplo do que tentou promover contra o ex-presidente Hugo Chávez em 2002.

Nas últimas semanas, no entanto, o cerco a lideranças opositoras vem aumentando.

Ontem, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), após uma audiência que durou mais de seis horas, destituiu o prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos, do cargo e o condenou a 12 meses de prisão.

Ele foi condenado por não ter cumprido ordens judiciais para atuar contra barricadas de estudantes e opositores que protestavam contra o governo. Para o advogado de Ceballos, Enrique Falcón, a decisão era previsível.

Anteontem, a deputada María Corina Machado foi cassada sumariamente pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, por ter aceitado convite do Panamá para falar sobre a situação da Venezuela numa sessão da OEA (Organização dos Estados Americanos).

Sem a presença de quase todos os parlamentares de oposição, a destituição foi ratificada pela assembleia. Mais tarde, oposicionistas apresentaram um recurso ao TSJ para reverter a decisão.

Corina disse em Lima (Peru) que não teme ser presa.

"Amanhã [hoje] regressarei a meu país, porque sou deputada e, como tal, voltarei para seguir lutando nas ruas da Venezuela, sem descanso, até que conquistemos a democracia e a liberdade."


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