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'Pensamento nacional' terá secretaria na Argentina
Oposição diz que ideia é forma de 'fascismo'
O governo de Cristina Kirchner criou nesta quarta (4) a Secretaria de Coordenação Estratégica para o Pensamento Nacional, vinculada ao Ministério da Cultura.
O futuro secretário, o filósofo Ricardo Foster, terá a função de "assessorar e melhorar as propostas em questões do pensamento nacional e latino-americano".
Também deverá interagir "com as diferentes usinas de pensamento existentes no país, com o objetivo de promover e lhes dar um marco maior de institucionalidade".
E, finalmente, "convocar todo o arco político, intelectuais, docentes e representantes dos institutos históricos que atuam na órbita do Ministério da Cultura para tomar parte das grandes linhas a serem pesquisadas".
Ele faz parte do grupo Carta Aberta, que foi criado em 2008 para apoiar Cristina.
A oposição qualificou a ideia de fascismo.
O deputado oposicionista Federico Pinedo declarou que "é patético e deplorável designar um secretário de pensamento nacional como se o que não fosse kirchnerista não fosse nacional; isso é fascismo velho. É uma divagação reacionária e primitiva".
Forster rechaçou a alusão: "Quem tiver honestidade intelectual e se dedicar a ver o que eu escrevi sabe que venho de uma tradição plural".