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Venezuela pedirá captura de 3 opositores
Governo acusa Pedro Burelli, Ricardo Koesling e Diego Arria de participarem de plano para matar Nicolás Maduro
Procuradoria-geral anunciou que vai pedir ajuda à Interpol no caso, uma vez que todos estão fora do país
A Procuradoria-geral da Venezuela anunciou nesta quarta-feira (11) que vai pedir ajuda à Interpol para prender três pessoas acusadas de participar da elaboração de um suposto plano para tomar o poder e matar o presidente Nicolás Maduro.
A procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, disse que Pedro Burelli, Ricardo Koesling e Diego Arria deveriam se apresentar para explicar suas participações no suposto golpe, mas não estão no país.
"Nenhum desses três está no país. Por isso, vamos solicitar à Interpol suas capturas", declarou ela em entrevista a TV estatal.
"Temos provas que estas pessoas tinham um plano para atentar contra a vida do presidente e de vários altos funcionários do governo", disse ela.
Logo após as declarações, Ortega confirmou que já emitiu as ordens de prisão, segundo o jornal "El Universal".
Arria é um político, diplomata e ex-ministro da Venezuela. Koesling é um advogado ligado à oposição, enquanto Burelli é empresário [leia mais abaixo]. Os três eram adversários do ex-presidente Hugo Chávez (morto em março de 2013) e fazem oposição a Maduro.
"Há outras medidas que temos adotado na investigação, mas se trata de informação secreta", afirmou Ortega.
PROTESTOS
A Venezuela vem sendo sacudida por uma onde manifestações antigoverno iniciadas em fevereiro.
Os protestos são contra a alta inflação, que atinge os 60% anuais, a escassez de produtos básicos, como papel higiênico e café, e a violência criminal.
Ortega anunciou que a estudante Gabriela Arellano, apontada como uma das líderes das manifestações, deverá comparecer à Justiça na próxima terça-feira (17).
Segundo os chavistas, os protestos fazem parte do plano para acabar com o governo de Maduro.
GOLPE
Aliados do presidente anunciaram no final de maio a descoberta do suposto plano para assassinar o presidente e tomar o poder na Venezuela.
Segundo eles, o plano estaria sendo liderado pela deputada cassada María Corina Machado, com o apoio de políticos e empresários, entre eles Burelli, Koesling e Arria.
Os chavistas mostraram mensagens atribuídas a opositores que comprovariam o plano. Em uma delas, supostamente de María Corina para Arria, ela afirma ser o momento de "obter financiamento para aniquilar Nicolás Maduro".
O depoimento da deputada cassada está marcado para a próxima segunda-feira (16). Ela já declarou que pretende comparecer. Todos os envolvidos negam a existência do plano.