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Vida de novela marca carreira de ex-líder francês
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA EM PARISFilho de um imigrante húngaro com uma francesa, Nicolas Sarkozy foi eleito presidente em 2007 como o político mais carismático de sua geração.
Como ministro do Interior de Jacques Chirac, ele construiu uma reputação de linha-dura e língua solta. Em 2005, quando houve uma onda de tumultos na periferia de Paris, Sarkozy prometeu "limpar as ruas da racaille [gentalha]".
Foi eleito quando a França ainda surfava na bonança econômica que precedeu a crise financeira global.
O gosto por relógios caros, charutos e amigos ricos rendeu-lhe o apelido de presidente "bling-bling".
Sua vida doméstica fez do Palácio do Eliseu cenário de novela. Sua mulher, a ex-modelo Cécilia Ciganer-Albéniz, o deixou.
Pouco depois, começou a namorar e se casou em 2008 com Carla Bruni, ex-top model e cantora.
A piora da economia e o cansaço do eleitor com sua figura hiperativa o desgastaram.
O mote do adversário socialista, François Hollande, era o "presidente normal". O discurso pegou, e Hollande venceu.
Dois anos mais tarde, sob o efeito de um desemprego de mais de 10% e crescimento próximo do zero, Hollande é recordista de impopularidade. (GR)
