Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

ilustrada em cima da hora

Reunião de Monty Python depois de 30 anos é criticada por ingleses

Na estreia de temporada em Londres, grupo britânico é cobrado por ater-se a piadas antigas

Espetáculo na O2 Arena incluiu canções clássicas da trupe e reapresentação de esquetes célebres

DE SÃO PAULO

O grupo de humoristas britânico Monty Python abriu nesta terça (1º) sua série de dez apresentações em Londres, que marca sua reunião após mais de 30 anos.

Os ingressos para a primeira noite de shows se esgotaram em 44 segundos quando foram à venda, em novembro.

John Cleese, Terry Gilliam, Terry Jones, Eric Idle e Michael Palin (o sexto Python, Graham Chapman, morreu em 1989) subiram ao palco da O2 Arena para encenar os esquetes cômicos que se tornaram famosos em seu programa de TV na década de 1970.

Até as animações feitas por Gilliam para a TV foram exibidas em telões ao longo das duas horas e meia de show.

Os comediantes apresentaram canções já conhecidas, como "Always Look on the Bright Side of Life", cantada em uníssono pelo público, e "Every Sperm Is Sacred" --essa culminando com dois canhões "ejaculando" sobre as primeiras fileiras da plateia.

Duas participações especiais chamaram a atenção: a do ativista Stephen Fry, em pessoa, e a do físico Stephen Hawking, em um vídeo.

No entanto, pelo fato de se apoiarem principalmente em material já conhecido, os comediantes não foram perdoados pela crítica britânica.

O jornal "The Guardian" publicou texto dizendo que algumas piadas envelheceram, mas que é preciso "ter coração de pedra" para não rir.

"O show não é ruim. Ele dá ao público exatamente o que ele quer, mas confia demais no amor dos fãs", escreveu o crítico Peter Bradshaw.

Na mesma linha, o "The Independent" classificou a apresentação de "fofa, levemente rude, inofensiva e disponível em DVD". "Fomos arrastados sob grande despesa para assistir a material que se pode encontrar no DVD And Now For Something Completely Different'?", questionou o jornalista John Walsh.

"É uma produção desesperadamente preguiçosa, que descansa sobre os louros, desinteressada em apresentar material novo, baseada na cobertura televisiva e na bajulação do público que conhece todas as suas palavras."

Já o crítico Dominic Cavendish, do "The Telegraph", destacou que John Cleese estava rouco e que Terry Jones usou fichas para ler o texto. Para o jornalista, porém, o show conquistou o público.

"O que lhes falta em vivacidade é compensado pelas brincadeiras coreografadas de uma trupe de 20 artistas jovens o suficiente para serem seus netos."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página