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Divergência sobre cadáveres amplia confusão na Ucrânia

Número de corpos do voo da Malaysia recebido por peritos é menor do que o anunciado por separatistas

Rebeldes pró-Rússia suspeitos de terem derrubado avião são os responsáveis por guardar as 'pistas'

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A DONETSK

A confusão em torno do número exato de corpos de passageiros do voo MH17 levados de trem a Kharkov, no leste da Ucrânia, nesta terça-feira (22), deve reabrir as buscas no local da tragédia.

Segundo Jan Tuinder, chefe dos peritos holandeses enviados ao país, a contagem inicial nos vagões chegou a 200, o que contradiz a informação de separatistas ucranianos de que tinham sido embarcados 282 --ao todo, 298 estavam a bordo do voo da Malaysia Airlines.

Os passageiros eram, em sua maioria, holandeses --o avião partiu de Amsterdã, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia. Caiu na região da cidade ucraniana de Torez, controlada por separatistas pró-Rússia.

"Provavelmente, os demais corpos ainda estão na área do desastre", disse Tuinder, sem descartar que uma recontagem possa mudar o número.

A necessidade de retomar a busca exigirá uma nova negociação com os separatistas. A previsão é transportar parte dos corpos nesta quarta-feira (23) a Amsterdã, após perícia preliminar da Interpol (polícia internacional).

A chegada das vítimas à Holanda deve ser marcada por um minuto de silêncio, em todo o país.

Se ficar confirmado que os vagões levaram 82 corpos a menos do que se imaginava, deve crescer a pressão sobre os separatistas, acusados de terem derrubado, com um míssil, o avião.

Os rebeldes dominam o acesso ao local da queda e recebem críticas por terem alterado os destroços. Os separatistas fiscalizam o resgate dos corpos e o transporte à estação de trem de Torez, a 70 km de Donetsk.

INQUÉRITO

Segundo o premiê do Reino Unido, David Cameron, as autoridades holandesas pediram que as duas caixas-pretas sejam analisadas na britânica Farnborough. O material só foi entregue pelos separatistas depois de uma longa negociação.

Será o primeiro passo para uma "investigação internacional" para tentar saber o que ocorreu com o avião.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que está disposto a ajudar, inclusive na intermediação do contato com os separatistas. O discurso vem em resposta à fala do americano Barack Obama de que a Rússia tem responsabilidade no ocorrido, porque apoia os rebeldes.

Investigadores americanos afirmaram à imprensa nesta terça que o avião foi, provavelmente, abatido por separatistas que o confundiram com um jato militar --portanto, ao menos por enquanto, sem evidência de envolvimento direto de russos.


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