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OMS discute uso de remédio contra o ebola
Costa do Marfim suspende voos e barra entrada de viajantes vindos de países afetados
Um painel realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com especialistas em ética médica começou nesta segunda (11) a discutir o uso de tratamento experimental contra o ebola em pacientes da África ocidental.
Após o aparente sucesso da medicação em dois americanos infectados na Libéria --depois transferidos para os EUA--, a agência da ONU enfrenta um dilema.
Aprovar um remédio em caráter experimental pode levar a acusações de que a entidade autorizou testes com medicamentos potencialmente prejudiciais em populações extremamente pobres.
Por outro lado, não liberar a droga causa a impressão de que a OMS permitiu sua utilização apenas em cidadãos de países ricos.
A Presidência da Libéria afirmou, por meio de nota nesta segunda, que o governo dos EUA aprovou pedido de doses da droga para o tratamento de médicos liberianos infectados, a serem entregues ainda nesta semana.
Também nesta segunda, a Costa do Marfim, vizinha de Guiné e Libéria, suspendeu voos de e para países afetados pelo ebola. O governo marfinense afirmou que vai barrar a entrada de passageiros vindos de avião das áreas atingidas pela epidemia, medida similar à adotada no fim de semana por Zâmbia, país do sul da África.
Na Nigéria, autoridades de saúde confirmaram que Lagos tem agora dez casos confirmados de ebola, enquanto a OMS atualizou o número de mortos do surto para 1.013.