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Obama admite que EUA subestimaram milícia radical

Em entrevista à TV, presidente americano reconheceu erros de avaliação no combate ao Estado Islâmico

Quatro refinarias de petróleo usadas pela facção no norte da Síria foram destruídas neste domingo após ataques

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente dos EUA, Barack Obama, reconheceu que o país subestimou a ameaça representada pela milícia radical Estado Islâmico (EI).

"Nosso chefe de inteligência, Jim Clapper, reconheceu que eu acho que eles [agências de inteligência dos EUA] subestimaram o que acontecia na Síria", disse Obama, em entrevista exibida na noite deste domingo (28) pelo programa "60 Minutos", da emissora CBS.

Ao ser lembrado da continuação da frase de Clapper, que admitiu que os EUA superestimaram a capacidade do Exército iraquiano de combater os radicais do EI, Obama concordou: "Isso é absolutamente verdade".

O líder americano disse que a Síria se tornou um "marco zero" para jihadistas de todo o mundo com a guerra civil iniciada em 2011, e que a invasão americana do Iraque, em 2003, ajudou a colocar os extremistas islâmicos "no subsolo".

"Durante o caos da guerra civil síria, onde você tem grandes fatias do país completamente desgovernadas, eles [radicais] foram capazes de se reconstituir e tomar vantagem disso", afirmou.

No início deste ano, em entrevista publicada pela revista "New Yorker", o presidente americano chegou a comparar o EI a um "time júnior de basquete", numa referência de que a Casa Branca estava mais preocupada com outros grupos terroristas, incluindo a rede Al Qaeda.

Os EUA bombardeiam posições da facção no Iraque desde o dia 8 de agosto. Na semana passada, com a ajuda de aliados árabes, Obama deu início aos ataques aéreos contra alvos do EI na Síria.

Os radicais da milícia formam um dos mais fortes grupos opositores ao regime do ditador sírio Bashar al-Assad.

Washington reitera que não pretende enviar tropas ao Oriente Médio, com o temor de que os EUA sejam arrastados para outra guerra como as que se seguiram às invasões do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003).

Mas o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, o republicano John Boehner, afirmou, também em entrevista à TV americana neste domingo, que o plano de treinar opositores moderados na Síria e o Exército curdo no Iraque pode não ser suficiente.

"Eles [o EI] pretendem nos matar. E se não os destruirmos primeiro, vamos pagar o preço", disse Boehner. "Talvez não tenhamos escolha", respondeu, sobre se o envio de tropas americanas seria uma opção.

REFINARIAS

Quatro refinarias usadas pelo EI no norte da Síria foram destruídas por ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA neste domingo, segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A medida busca atingir o comércio de petróleo, que movimentaria cerca de US$ 3 milhões e é a principal fonte de recursos do EI.

Diante do aumento dos bombardeios, o EI, que havia sido rejeitado pela Al Qaeda, voltou a receber apoio de grupos extremistas. No sábado (27), a Frente al-Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, classificou as operações americanas de "guerra contra o islã".


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