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Ebola tem 1ª contaminação fora da África

Auxiliar de enfermagem da Espanha contrai vírus após cuidar de missionários que se infectaram no oeste africano

Nos EUA, infectado por doença começa a receber remédio experimental; cinegrafista chega a país para tratamento

DE SÃO PAULO

Uma auxiliar de enfermagem espanhola que tratou de dois missionários que morreram devido ao ebola foi diagnosticada com o vírus em Madri, disseram autoridades na segunda-feira (6).

O caso, o primeiro diagnosticado dentro da Europa, também representa a primeira transmissão da atual epidemia fora da África Ocidental.

"Estamos trabalhando para averiguar se [durante o tratamento dos dois missionários] foram seguidos estritamente todos os protocolos estabelecidos", afirmou a ministra da Saúde, Ana Mato.

A profissional, que não foi identificada, foi posta em isolamento após chegar ao Hospital de Alcorcón com febre alta. A mulher, que estava em férias quando adoeceu, é casada mas não tem filhos.

Segundo o diretor-geral de pronto atendimento da comunidade Autônoma de Madri, Antonio Alemany, o marido e três profissionais de saúde que a atenderam no domingo (5) terão a temperatura medida duas vezes por dia durante 21 dias.

O protocolo também será aplicado a 30 funcionários que, da mesma forma que a infectada, atenderam os dois religiosos espanhóis no Hospital Carlos 3º.

O padre católico Manuel García Viejo, de 69 anos, morreu três dias após ter sido repatriado em 22 de setembro de Serra Leoa, onde trabalhava em um centro médico da Ordem Hospitalar de São João de Deus.

Para evitar contágios, não foi feita necropsia no cadáver, que foi cremado.

O mesmo procedimento foi adotado após a morte, em 12 de agosto, de Miguel Pajares, 75, outro missionário que se infectou na Libéria.

ESTADOS UNIDOS

Em estado crítico, Thomas Duncan, 42, começou a ser tratado com o medicamento experimental brincidofovir contra o ebola, segundo anunciou o porta-voz do Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas, na segunda-feira.

À rede NBC o diretor do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), Thomas Frieden, afirmou que nenhuma das 48 pessoas monitoradas por terem tido algum contato com o liberiano mostrou sintomas da doença. Duncan foi a primeira pessoa a ser diagnosticada com ebola nos EUA.

Também na segunda-feira, chegou aos Estados Unidos Ashoka Mukpo, 33, cinegrafista freelancer da NBC diagnosticado com ebola na Libéria. Ele foi o quinto norte-americano a ser diagnosticado com a doença --apenas um morreu.

Em Washington, o hospital da Universidade de Howard descartou a infecção por ebola em um paciente internado na sexta-feira.

A atual epidemia de ebola, que se espalha por fluidos corporais, deixou mais de 3.400 mortos na África, segundo a Organização Mundial da Saúde.


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