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Obama insiste em aumento de impostos para os mais ricos

DE WASHINGTON

A menos de dois meses de os EUA caírem em um "abismo fiscal" que pode paralisar o Congresso e disparar um gatilho de cortes, o presidente Barack Obama fez ontem seu primeiro discurso sobre a economia após uma apertada reeleição, exortando o Legislativo a agir e convidando a oposição à conciliação.

Deixou claro, porém, que não cederá em um ponto: o aumento de impostos para os americanos mais ricos, que defendeu durante a campanha como necessário para aumentar a receita e, somado a cortes no Orçamento, reduzir o crescente deficit federal.

"Não estou comprometido com todos os detalhes do meu plano. Estou aberto a um meio-termo, a novas ideias. Estou comprometido com a solução de nosso desafio fiscal", declarou o democrata.

"Mas me recuso a aceitar uma abordagem desequilibrada. Não pedirei a estudantes, aposentados e à classe média que saldem sozinhos o deficit enquanto gente como eu, que ganha mais de US$ 250 mil por ano, não é chamada a pagar dez centavos a mais em impostos."

O presidente defendeu investimentos "para fortalecer a economia e a classe média", mas disse que eles só serão possíveis com um ajuste para enxugar US$ 4 trilhões ao longo da próxima década, como propõe seu plano fiscal.

Para buscar um consenso, Obama prometeu levar a cabo já na próxima semana a promessa feita em seu discurso da vitória, na madrugada de quarta-feira em Chicago, e convidou líderes do Congresso e da oposição para debater o tema na Casa Branca.

Mas em uma espécie de contra-ataque preventivo, o líder republicano na Câmara, John Boehner -que continuará a comandar a maioria na Casa até 2015- convocou repórteres para dizer que espera uma negociação produtiva, elogiar o telefonema do presidente na manhã seguinte à vitória e tirar a questão tributária da mesa.

"O problema com o aumento de impostos para os mais ricos é que a maioria deles são microempresários, e a alta da alíquota vai desacelerar nossa capacidade de criar empregos que todo mundo diz querer", afirmou, citando o grande tema da eleição.

A troca de recados indica que, apesar da promessa de conciliação após a eleição, a perpetuação do cenário pré-eleitoral -Obama na Casa Branca, os republicanos à frente da Câmara e os democratas, do Senado- não dissolverá o impasse atual.


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