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Análise

Pena aparenta ser grande, mas equivale a só um mês de receita

NILS PRATLEY DO “GUARDIAN”

A multa aplicada ao banco HSBC por lavagem de dinheiro constitui um recorde para um delito de lavagem de dinheiro e desrespeito a sanções, o que supostamente poderia servir para sublinhar a gravidade das ações.

Por outro lado, a quantia representa cerca de quatro semanas de receita para o banco. É um sofrimento financeiro facilmente suportável.

De fato, a alta continuada das ações do HSBC desde que o escândalo estourou, em julho, prosseguiu inalterada na manhã de ontem.

Os investidores do HSBC podem ter mais um motivo para se sentirem satisfeitos.

O "New York Times" reportou que alguns funcionários do Departamento da Justiça desejavam apresentar queixa-crime contra o banco.

Eles decidiram não fazê-lo, porém, por medo de colocar em risco o futuro de um dos maiores bancos do planeta e, com isso, ameaçar a estabilidade financeira mundial.

Não sabemos ainda se essa história procede, e é possível que o medo de caos financeiro tenha sido exagerado.

Mas a ideia de que um banco pode ser "grande demais para indiciamento" é alarmante, pois envia a mensagem de que, não importa a gravidade das violações praticadas, os maiores bancos mundiais jamais perderão de imediato sua licença de operar. Em lugar disso, uma multa salgada será o bastante.

Será que essa é realmente uma mensagem sensata para envio pelas autoridades regulatórias?

As palavras de contrição e promessas de comportamento idôneo no futuro que o HSBC apresentou parecem sinceras. Mas será que isso será sempre verdade para todos os bancos, em todos os lugares e em qualquer momento?

O Departamento da Justiça deveria esclarecer de imediato essa subtrama. Se lavagem de dinheiro na escala admitida pelo HSBC não é causa para um processo criminal, o que seria?


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