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Ataques no Paquistão matam mais de 40

Ações põem em dúvida tese do governo de que grupos radicais estariam enfraquecidos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ataques perpetrados por insurgentes deixaram mais de 40 mortos ontem no Paquistão. As ações, que têm se intensificado nas últimas semanas, colocam em xeque a tese do governo de que ofensivas militares estariam enfraquecendo os grupos islâmicos radicais.

No sudoeste do país, um ônibus que levava peregrinos xiitas para o Irã foi atingido por um carro-bomba perto da cidade de Quetta, capital da Província do Baluquistão. De acordo com as autoridades paquistanesas, pelo menos 19 pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas -muitas delas em estado crítico- no atentado.

Em um outro incidente, no noroeste do país, 21 homens que trabalhavam para uma força paramilitar apoiada pelo governo foram mortos durante a noite. O grupo de 23 homens foi sequestrado na semana passada por militantes do Taleban. Apenas dois homens sobreviveram à ação.

"Eles foram amarrados e vendados", disse Naveed Anwar, funcionário do governo local. Segundo as autoridades, os homens foram alinhados em uma fila e assassinados com tiros na cabeça.

O Taleban assumiu a responsabilidade da ação. "Nós matamos todos os sequestrados depois que um conselho de clérigos deu o veredicto para a execução", afirmou Ihsanullan Ihsan, porta-voz do grupo. "Nós não fizemos nenhuma reivindicação para a libertação deles porque nós não poupamos nenhum prisioneiro que é pego durante o combate."

Também ontem, dois soldados paquistaneses morreram na explosão de uma bomba no Waziristão do Norte, região com forte presença da Al-Qaeda e do Taleban.

O Paquistão é visto como crucial para os esforços dos EUA em estabilizar a região antes que as forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se retirem do Afeganistão até o fim de 2014. Por isso, Washington vem pressionando cada vez mais Islamabad para reprimir grupos insurgentes com base no território paquistanês que atacam tanto alvos domésticos como as forças ocidentais no Afeganistão.

Além de enfrentar esses problemas, o Paquistão passa por uma delicada situação interna, com uma escalada da violência sectária.

AMEAÇA

Apesar de a atenção internacional estar voltada para grupos como a Al-Qaeda e o Taleban, oficiais de inteligência paquistaneses afirmam que são os grupos extremistas sunitas que estão surgindo como uma nova força para desestabilizar o governo.

Segundo autoridades, a estratégia desses grupos é realizar ataques contra xiitas para criar tensões sectárias como as que deixaram o Iraque à beira da guerra civil.


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