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Coreia do Norte tem "sucesso" em seu 3º teste com bomba atômica

Conselho de Segurança da ONU faz reunião de emergência para definir sanções a Pyongyang

Outros exercícios foram feitos em 2006 e 2009; capacidade do explosivo tem metade do detonado em Hiroshima, em 1945

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da Coreia do Norte confirmou ontem que realizou seu terceiro teste com a bomba atômica. Na explosão subterrânea conduzida na base de Punggye-ri, em Kilju (no norte do país), foi utilizada uma bomba em "miniatura" -menor e mais leve, apesar de ser mais potente.

É o primeiro teste realizado pelo ditador Kim-Jong-un, que assumiu o poder em dezembro de 2011 quando seu pai, Kim-Jong-il, morreu. Jong-il realizou dois testes, em 2006 e em 2009, na mesma planta de Punggye-ri.

Pyongyang confirmou o teste nuclear quase três horas depois de um inesperado abalo sísmico detectado perto da área onde ocorreu a explosão. O Serviço de Pesquisa Geológica dos EUA identificou um tremor de 4,9 na escala Richter às 11h58 de Pyongyang (00h58 de Brasília).

Estima-se que a potência da bomba testada ontem produziu 10 quilotons (poder explosivo equivalente a mil toneladas de TNT). A bomba atômica de Hiroshima, detonada pelos EUA em 1945 no final da Segunda Guerra, liberou energia equivalente a 20 quilotons.

Em sessão de emergência convocada ontem horas depois da confirmação do teste nuclear, o Conselho de Segurança da ONU condenou a ação norte-coreana e prometeu tomar atitudes em breve.

SANÇÕES

Em comunicado, o Conselho declarou que a ação de Pyongyang é uma "clara ameaça à paz e à segurança internacionais". O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kim Sung-hwan, cujo país preside a ONU e, neste mês, o Conselho de Segurança, disse que "os testes são uma grave violação das resoluções do Conselho".

A embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, disse que o teste é uma "grande provocação". Afirmou também que o programa nuclear norte-coreano é um dos motivos do crescente isolamento do país.

Segundo Rice, o Conselho deve emitir uma sanção rapidamente para impedir a ampliação de testes com armas nucleares e mísseis pelo Estado norte-coreano.

"Várias medidas serão discutidas nos próximos dias com os membros do Conselho e com representantes dos Estados interessados."

Em janeiro, o Conselho emitiu uma resolução condenando os testes com mísseis realizados pela Coreia do Norte em dezembro.

O Itamaraty divulgou ontem nota demonstrando "preocupação" com o novo teste nuclear da Coreia do Norte.

O comunicado diz que o governo brasileiro conclama o país "a cumprir plenamente as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança e contribuir ativamente para criar as condições necessárias à retomada das negociações relativas à paz e segurança na Península Coreana".


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