Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Obama anuncia redução do contingente no Afeganistão

No discurso anual do Estado da União ao Congresso, presidente acena com reformas no sistema de saúde

LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

Exortando o Congresso a romper a paralisia, Barack Obama usou seu discurso do Estado da União, na noite de ontem, para anunciar a retirada de metade do contingente militar dos EUA no Afeganistão até 2014 e listar reformas econômicas para reduzir o deficit e o desemprego.

Segundo o presidente, os EUA vão retirar 34 mil dos 68 mil soldados que mantêm no Afeganistão até fevereiro próximo, e, ao longo de 2014, encerrar 13 anos de guerra junto com a Otan (aliança militar ocidental). As operações dos EUA passarão a focar, depois disso, treinamento e ações de contraterrorismo.

"A retirada continuará, e, até o fim do ano, nossa guerra estará encerrada", disse.

Detalhes sobre o ritmo da retirada após fevereiro, porém, ficaram em aberto.

No discurso -prestação de contas anual do presidente ao Congresso, determinada pela Constituição-, Obama prometeu negociar com a Rússia novas reduções do arsenal nuclear de ambos e manter apoio a governos aliados no combate ao terrorismo.

Lembrando que fará "tudo para evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear", exortou Teerã a negociar saída diplomática para seu programa nuclear e prometeu continuar apoiando a oposição síria.

Afirmou ainda que trabalhará com o Congresso para garantir maior transparência -e respeito à lei- nas ações para perseguir, prender e julgar terroristas, em uma aparente alusão à sua controversa política de drones (robôs aéreos pilotados remotamente usados para matar suspeitos em regiões remotas).

Mas a maior parte do discurso foi ocupada por questões domésticas, sobretudo pela necessidade de enxugar o Orçamento e reduzir o desemprego, hoje em 7,9%.

Obama voltou a exortar o Congresso a aprovar uma reforma tributária que eleve alíquotas para os mais ricos, mas, pela primeira vez, admitiu a necessidade de reformas mais amplas e abriu a porta para a reestruturação da assistência de saúde para os mais pobres, o Medicaid.

"Temos de aceitar a necessidade de reformas modestas, ou os programas de aposentadoria vão consumir os investimentos que precisamos fazer em nossas crianças."

O democrata insistiu na necessidade de investir em infraestrutura, energia limpa, inovação e educação para criar empregos, além de prometer atrelar o salário mínimo ao custo de vida.

Reeleito e preocupado em forjar um legado, defendeu o combate à mudança climática e, no momento mais aplaudido da noite, a reforma do sistema de imigração, privilegiando estrangeiros formados em ciências e tecnologias e quem imigrou na infância.

Por fim, abordou um tema que assumiu papel central na agenda do segundo mandato: o controle de armas.

Evocando o massacre na escola de Sandy Hook e falando aos pais de uma adolescente morta em um tiroteio, que assistiram ao discurso com a primeira-dama, pediu que o Congresso vote um projeto para ampliar a checagem de antecedentes e a proposta bipartidária que está sendo costurada no Senado.

"Sei que este país já debateu [o tema] outras vezes, mas agora é diferente. Temos maiorias, inclusive de defensores da Segunda Emenda [direito ao porte de armas], unidas por uma reforma."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página