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Hambúrguer de cavalo pode conter droga vetada
Reino Unido diz que carnes com substância foram enviadas à França
Polícia britânica detém 3 supostamente ligados a escândalo; UE aprova hoje procedimentos para detectar fraudes
O escândalo sobre a presença de carne de cavalo em hambúrgueres, lasanhas e outros produtos vendidos como carne bovina na Europa pode se transformar em algo mais grave que um caso de "etiquetagem errônea" e fraude contra consumidores de Reino Unido, França e Alemanha, entre outros.
A agência britânica de segurança alimentar (FSA) anunciou ontem ter encontrado rastros do anti-inflamatório fenilbutazona em três carcaças de cavalo que foram enviadas à França e que podem ter entrado na cadeia alimentícia francesa.
Comer carne de cavalo não faz mal. No entanto, a fenilbutazona pode ter efeitos adversos para a saúde humana.
As autoridades britânicas dizem que mesmo nos casos em que a quantidade da substância era a mais elevada, o risco para consumo humano era "muito pequeno".
Mas, de todo modo, segundo a BBC, há casos raros em que a droga provoca anemia aplásica, uma severa forma de anemia que pode levar à falência da medula óssea.
Por causa do efeito, carnes de animais tratados com o anti-inflamatório não têm autorização para serem utilizadas como alimento.
PRISÃO NO REINO UNIDO
Ontem, a polícia britânica deteve três homens supostamente envolvidos no escândalo, com idades entre 42 e 63 anos. Eles aguardam para ser interrogados.
As prisões ocorreram em fábricas em Aberystwth, no País de Gales, e Todmoreden, no norte da Inglaterra.
Hoje a União Europeia deve aprovar procedimentos para checar se produtos estão contaminados com carne de cavalo, um dia após o problema ter sido detectado pela primeira vez m lasanhas da marca TIP na Alemanha.
A rede de supermercados Edeka, o maior distribuidor alemão de produtos alimentícios, também solicitou análises para seus produtos, assim como a empresa de venda de produtos congelados Eismann e a rede Kaiser's-Tengelmann.