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Nem a Alemanha salva zona do euro no quarto trimestre

PIB dos países que usam a moeda única teve contração de 0,6% em relação ao período imediatamente anterior

No acumulado do ano de 2012, estima-se que a produção conjunta dos 17 países do bloco tenha recuado em 0,5%

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

A recessão na zona do euro se agravou no último trimestre do ano passado. O PIB (Produto Interno Bruto) dos 17 países que usam a moeda única caiu 0,6% em relação aos três meses anteriores.

A estimativa foi divulgada ontem pela Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, e representa o pior desempenho do bloco desde o início de 2009, auge da crise financeira global.

Na comparação com o mesmo período de 2011, o tombo no quarto trimestre foi ainda maior: 0,9%. E, em todo o ano passado, a economia da região encolheu 0,5%.

O mau resultado nos últimos três meses de 2012 foi puxado pela queda dos PIBs das quatro maiores economias da zona do euro: Alemanha (0,6%), França (0,3%), Itália (0,9%) e Espanha (0,7%).

No caso de Alemanha e França, os números foram atribuídos à queda nas exportações, uma consequência da crise no continente e em outros mercados consumidores como Japão e Estados Unidos.

Os dados da Grécia não foram divulgados por trimestre, mas a Eurostat estima que a economia do país tenha encolhido 6% em relação aos últimos meses de 2011.

EXCEÇÕES

Só Estônia e Eslováquia cresceram nos últimos três meses do ano passado entre todos os países que usam a moeda única e tiveram seus números divulgados ontem.

Em toda a União Europeia, que inclui mais dez países fora da zona do euro, a queda do PIB no quarto trimestre foi de 0,5% em relação aos três meses anteriores, ou de 0,6% na comparação com 2011.

Os dados foram piores que a expectativa da maioria dos governos e consultorias econômicas do continente.

"A contração foi mais profunda do que se esperava e trouxe um final triste para um ano muito difícil na zona do euro", resumiu Howard Archer, economista-chefe da consultoria IHS.

Num cenário de desânimo, economistas ouvidos pelo Banco Central Europeu voltaram a reduzir as expectativas de crescimento da zona do euro neste ano e em 2014.

PROJEÇÕES

Novas previsões divulgadas ontem apontam estagnação em 2013, num recuo diante da expectativa anterior de crescimento de 0,3%. Já a projeção de crescimento no ano que vem foi reduzida de 1,3% para 1,1%.

Os resultados foram divulgados dias depois de os líderes da União Europeia fecharem acordo inédito para reduzir o Orçamento do bloco.


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