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New York Times

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Lente

Novos caminhos para o emprego

As consequências das crises econômicas que começaram em 2008 ainda são sentidas por aqueles que tiveram dificuldade para manter suas carreiras ou recém-formados que encontraram muitos obstáculos no caminho para um trabalho significativo.

Para Cliff Oxford, fundador do Centro para Empresários Oxford, existe um lado positivo para os que estão começando. Ele chama esse grupo de "formados na Grande Recessão, novos empregados que nasceram na nova realidade".

Diferentemente de seus pais, que puderam avaliar diversas ofertas de emprego e se qualificar para bônus e aumentos regulares, essa nova geração de trabalhadores tem expectativas notavelmente diferentes.

Os formados em faculdades dos últimos cinco anos têm vantagem em entrevistas com empresas de rápido crescimento onde é criada a maioria dos novos empregos, acredita Oxford. "Quando eu entrevisto recém-formados, às vezes sinto como se estivesse falando com meu pai, que viveu durante a Grande Depressão e nunca realmente a superou."

Muitos desses formados ficaram em casa e trabalharam durante a faculdade porque uma fase negativa nas finanças familiares os obrigou a abandonar seus sonhos de viver por conta própria.

Eles são mais famintos e mais do que dispostos a se comprometer, diferentemente da geração cuja carreira coincidiu com os tempos de bonança.

"Eles foram enrijecidos por uma economia dura para a expansão de uma empresa ou novas contratações", escreveu Oxford em um blog do Times. "Eu não acho que ter um trabalho onde se possa levar o cachorro esteja no topo de suas prioridades e eles também não veem problema em usar terno."

É claro que não é fácil conseguir uma entrevista quando alguns empregadores nem sequer publicam anúncios de empregos, mas apenas procuram candidatos on-line.

Os que não têm presença na internet não têm muita chance, advertem os conselheiros profissionais. Eles recomendam que quem procura emprego faça uma lista de suas habilidades e experiências em sites como LinkedIn e Twitter e se certifique que seu nome aparece nas buscas na web.

"Ter um blog pode ser uma boa maneira de mostrar que você é um líder intelectual", disse ao "Times" Barbara Safani, dona de uma empresa de gestão de carreiras em Nova York. Publicar vídeos de você fazendo uma palestra ou uma apresentação de treinamento no YouTube pode lhe dar maior visibilidade e "buscabilidade".

Aqueles que estão desempregados há algum tempo precisam de toda a ajuda possível. Economistas dizem que a recessão fez muita gente perder o contato com o mundo do trabalho.

"Os que estão desempregados há muito tempo não têm acesso à rede", disse ao "Times" Mara Swan, vice-presidente de estratégia global e talento no Manpower Group, que coloca trabalhadores temporários. "Quanto mais você estiver fora da força de trabalho, mais fracas são suas conexões."

O "Times" relatou que algumas empresas tentam conseguir a metade de seus novos funcionários por meio de referências internas. Algumas oferecem prêmios como iPads e televisores para os empregados que ajudarem a encontrá-los. Por isso, manter contato com ex-colegas é vital para os que procuram emprego.

Não importa como você consiga um emprego, esteja pronto para mostrar desempenho, advertem os executivos.

"Os formados na Grande Recessão são atores perfeitos em empresas de rápido crescimento", escreveu Oxford, "onde a fome de trabalhar e a vontade de vencer superam a necessidade de direitos e elogios."

TOM BRADY

Envie comentários para nytweekly@nytimes.com


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