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Ditadura

Procuradoria denuncia ex-agentes da repressão por ocultação de cadáver

DE SÃO PAULO - O Ministério Público Federal denunciou ontem o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado aposentado Alcides Singillo pela ocultação de cadáver do militante Hirohaki Torigoe, 27, morto na ditadura militar, em janeiro de 1972.

A versão oficial é que Terigoe morreu em um tiroteio. Sua morte foi divulgada com duas semanas de atraso, e ele foi enterrado com o nome falso de Massahiro Nakamura.

Na denúncia, os procuradores afirmam, com base em depoimentos de testemunhas e documentos do Arquivo Público de São Paulo, que Terigoe foi levado ainda com vida para o DOI-Codi, e que foi enterrado com nome falso mesmo sendo conhecido pelos agentes.

Ustra chefiava o DOI-Codi e é acusado de falsificar os documentos de óbito para dificultar a localização do corpo e de ordenar a seus subordinados que negassem informações a familiares da vítima, entre outras acusações.

Singillo, na época delegado do Dops, é acusado de saber a identidade real de Terigoe, mas negar a correta identificação à família e ao cartório.

De acordo com o procurador da República Sérgio Suiama, um dos autores da denúncia, o crime não está anistiado porque o corpo de Terigoe até hoje não foi localizado --portanto, seria classificado como um crime permanente.

O advogado de Ustra, Paulo Alves Esteves, negou as acusações contra seu cliente. A Folha não conseguiu localizar Alcides Singillo.


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