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Comissão ouve militares perseguidos na ditadura

Encontro, público, ocorrerá amanhã no Rio; grupo estima em mais de 7 mil casos do tipo

DO RIO

A Comissão Nacional da Verdade fará amanhã, na sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no Rio, a primeira audiência pública sobre militares que foram perseguidos pelo regime que se seguiu ao golpe de 1964.

Pelos cálculos do colegiado, pode haver mais de 7.488 militares perseguidos pela ditadura no Brasil.

"Houve militares perseguidos por serem ligados à esquerda e ao partido comunista, mas teve uma parcela grande que atuava politicamente pela volta da democracia", disse Rosa Cardoso, membro da comissão.

Entre os depoentes estará o economista Pedro Luiz Moreira Lima, 66. Ele tinha 17 anos quando militares prenderam seu pai, o então coronel da Aeronáutica Rui Moreira Lima, em 1968.

Considerado herói de guerra por ter participado de missões na Itália, na Segunda Guerra Mundial, Rui Moreira Lima foi preso duas vezes durante o regime, identificado com movimentos nacionalistas e de defesa da legalidade.

O economista conta que os militares foram à sua casa e, como não encontraram o pai, levaram-no. Sem saída, Lima apresentou-se e foi preso.

Hoje, Rui Moreira Lima tem 93 anos. Acometido por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) há dois meses, ele não poderá dar seu testemunho.


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