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Para governo, desgaste de Dilma é passageiro

Mercadante diz que perda de popularidade foi 'oscilação normal' ligada à alta da inflação, um problema 'superado'

Segundo Datafolha, aprovação caiu de 65% para 57%; 'decisões equivocadas' causaram queda, afirma Aécio

DO ENVIADO ESPECIAL A LISBOA DE BRASÍLIA

Integrantes do governo Dilma Rousseff minimizaram ontem o desgaste sofrido pela imagem da presidente e apostaram que uma retomada do crescimento da economia permitirá reverter o quadro atual.

Pesquisa divulgada pelo Datafolha no fim de semana mostrou que a aprovação ao governo Dilma caiu de 65% para 57% em dois meses e meio. Suas intenções de voto caíram de 58% para 51% no cenário mais provável para as eleições do próximo ano.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, chamou o recuo na popularidade de "oscilação normal" e sugeriu que a presidente continua favorita para a eleição de 2014.

"A pesquisa mostra uma oscilação normal. Mantém a presidente no melhor patamar de apoio popular e de intenções de voto quando a gente compara com qualquer outro presidente em dois anos e meio de governo", disse o ministro.

Mercadante atribuiu a queda à alta no preço dos alimentos, que chamou de "episódio totalmente superado". Citou ainda os problemas no Bolsa Família e a seca no Nordeste.

Segundo o Datafolha, 59% dos brasileiros tiveram conhecimento dos boatos sobre mudanças no Bolsa Família que provocaram a onda de pânico ocorrida em maio.

Sem citar nomes, o ministro reclamou de "campanha" contra o governo, ligada à alta do preço do tomate, e negou problemas na economia.

"Todos os indicadores apontam para um quadro de melhoria", disse. "Vamos ter um segundo semestre muito forte e vamos terminar o ano com uma taxa de crescimento bastante significativa."

O assessor especial da presidente para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse não acreditar que o resultado da pesquisa do Datafolha "seja relevante".

Dilma, que chegou a Lisboa ontem, se reúne hoje com o presidente Aníbal Cavaco Silva e o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho.

Políticos da oposição atribuíram a queda da popularidade da presidente à alta da inflação e à maior exposição do senador tucano Aécio Neves (MG), provável rival de Dilma em 2014, em recentes propagandas na televisão.

Para Aécio, os números mostram "a crescente fragilização do governo em razão das várias decisões equivocadas, em especial na economia". Ele minimizou o fato de Dilma continuar favorita para 2014. "Pesquisas a um ano e quatro meses das eleições têm pouco significado", disse Aécio, que aparece com 14% das intenções de voto no cenário mais provável.


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