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Para ativistas, Planalto está despreparado para debate

Integrantes do Passe Livre afirmam não terem ouvido proposta concreta

Para ministro das Cidades, tarifa zero para o transporte público é tema para ser debatido a médio prazo

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) saíram da reunião com Dilma Rousseff ontem classificando a Presidência de "despreparada" para lidar com o tema do transporte público.

"Não ficamos satisfeitos. Foi uma abertura de diálogo importante, mas vimos a Presidência completamente despreparada. Não apresentaram uma pauta concreta para mudar a realidade do transporte", disse Marcelo Hotimsky. "Existe um despreparo gigante do governo nesse tema", disse Leila Saraiva.

Na reunião no Planalto, Dilma recebeu seis integrantes do MPL --quatro de São Paulo e dois do Distrito Federal. A presidente não apresentou as medidas que anunciaria momentos depois, no início da reunião com governadores e prefeitos.

"Esperamos que a presidente Dilma Rousseff tome medidas concretas no sentido de direcionar a tarifa zero e outro tipo de sistema de transporte que privilegie o usuário e não os empresários", afirmou Mayara Vivian.

Ela disse que a reunião não desmobiliza a luta pela tarifa zero e que o movimento vai se somar "aos protestos da esquerda esta semana".

Antes da reunião, o MPL divulgou carta em que criticou a posição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de oferecer a Força Nacional de Segurança para conter as manifestações. "O ministro da Justiça mostrou que o governo federal insiste em tratar os movimentos sociais como assunto de polícia."

Os organizadores dos protestos disseram que ficaram surpresos ao serem convidados para o encontro. Na carta, eles afirmam que a reunião foi "arrancada pela força das ruas, que avançou sobre bombas, balas e prisões".

A Secretaria-Geral da Presidência informou que pagou a passagem aérea e uma diária (em torno de R$ 300) para cada um dos quatro membros do MPL de São Paulo.

Segundo o movimento, Dilma se mostrou receptiva à proposta de emenda à Constituição que lista o transporte como um direito social.

O ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) afirmou que o governo continuará realizando reuniões com o movimento. Segundo ele, o principal pleito levado a Dilma foi a questão da tarifa zero para o transporte público urbano.

Algo que, disse o ministro, deverá ser tratado "num horizonte de maior discussão".

O ministro relatou ter apresentado aos representantes do grupo os últimos investimentos do governo federal em mobilidade urbana. Disse que o governo liberou R$ 88,9 bilhões para o setor, dentre os quais R$ 30 bilhões já foram contratados.


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