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Policiais federais dizem ser contra a PEC 37

Agentes afirmam que só delegados defendem proposta que atinge o Ministério Público

DE BRASÍLIA

Os policiais federais afirmaram ontem, por meio de suas associações, que são contrários à PEC 37 e favoráveis ao poder de investigação do Ministério Público.

"Vários delegados comentaram que os policiais são a favor da PEC 37. Trata-se de uma inverdade. Fizemos uma pesquisa: 99% dos colegas entrevistados são contrários à proposta", afirmou Jones Borges Leal, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

"Investigação feita por delegado só na novela das oito. Os delegados estão brigando por uma coisa que eles não fazem. Eles não investigam. Apenas pegam o trabalho dos agentes e mandam para o Ministério Público", disse.

As declarações foram feitas após a oposição à PEC 37 ganhar força nos protestos que se espalharam pelo Brasil. A proposta, em tramitação na Câmara, esvazia os poderes de investigação do Ministério Público.

Grupo de trabalho criado em abril, com representantes do Ministério da Justiça, da Câmara, dos delegados e dos procuradores discutiu modificações na matéria, mas sem sucesso. Sem o consenso, a votação da PEC 37 foi adiada.

"Os policiais federais afirmam que foi totalmente antidemocrática a sua não participação [no grupo de trabalho]. Requisitamos assentos e não fomos respondidos. Quem faz o trabalho é quem deve balizar as discussões", afirmou Flavio Werneck, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF).

Existe um racha entre delegados e agentes da Polícia Federal. Os agentes desejam ser mais bem remunerados pelo trabalho que realizam nas investigações.

Para Werneck, "a persecução criminal no Brasil está falida". "Nove em cada dez assassinos estão soltos. Além de policial, sou brasileiro e a PEC 37 piora [o quadro]. Só os delegados querem a proposta", afirmou.


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