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Protesto bloqueia centro do Rio por 7 horas

Nova manifestação contra composição da CPI do Ônibus fecha avenida Rio Branco e termina em tumulto

Confusão faz Câmara suspender expediente à tarde; grupo retomou ato contra Sérgio Cabral na frente de museu

DO RIO

Em mais um dia de atos de protesto pela cidade, manifestantes contrários à composição da CPI dos Ônibus interromperam por quase sete horas, entre 10h16 e 16h46, o trânsito na avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade.

Deitados nas pistas, eles impediam a passagem dos carros. Eram observados por policiais militares e por guardas municipais. Bares, restaurantes e museus da região fecharam as portas com medo de depredações, mas não houve registro de problemas.

Por causa do fechamento das pistas, o trânsito no centro ficou congestionado, com reflexos em alguns pontos da zona norte da cidade.

A primeira sessão da CPI dos Ônibus da Câmara Municipal foi tumultuada. Desde cedo a casa foi cercada pela Polícia Militar. O público foi impedido de acompanhar a sessão, contrariando o que havia sido divulgado anteriormente.

O único parlamentar de oposição da CPI, o vereador Eliomar Coelho, abandonou a sessão no meio em repúdio à maneira como os trabalhos estavam sendo conduzidos.

O presidente da comissão, Chiquinho Brazão, e o relator, Professor Uóston, ambos filiados ao PMDB, mesmo partido do prefeito do Rio, Eduardo Paes, foram hostilizados ao deixarem o prédio da Câmara.

Eles tiveram que ser escoltados por seguranças e policiais militares para sair. Dois ovos atingiram as costas de Uóston.

Os dez manifestantes que ocupam a Câmara Municipal do Rio desde sexta-feira foram os únicos permitidos a assistir aos trabalhos da comissão. Em um protesto silencioso contra o fato de a reunião ter sido fechada, eles amarraram mordaças nas bocas.

Às 14h, a Câmara suspendeu o expediente sob o argumento de que não havia segurança.

CORRERIA

À noite, depois de correrem para a porta de um museu no centro da cidade por causa de um boato que afirmava estarem lá o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, os manifestantes decidiram voltar para o Palácio Guanabara, onde na véspera entraram em confronto com policiais militares.

Desistiram e até a conclusão desta edição estavam concentrados no Largo do Machado, a cerca de um quilômetro da sede do governo.

No Museu de Arte do Rio (MAR), os manifestantes gritavam palavras de ordem contra governador e prefeito.

Diretor do museu, Paulo Herkenhoff tentava negociar. De megafone em punho, avisava que nem Cabral, nem Paes, estavam lá.

Enquanto Herkenhoff negociava, um manifestante foi detido e colocado em um carro de polícia. Um índio que participava da manifestação e ficou em frente ao carro, para impedir a saída, também foi preso.


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