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Petistas se despedem de Gushiken em SP

Dilma participa de enterro de ex-ministro; Dirceu diz que ele foi 'o melhor entre nós'

DE SÃO PAULO

O ex-ministro Luiz Gushiken foi enterrado na tarde de ontem, em São Paulo, após uma cerimônia bahá'i, religião da qual era adepto, com a presença da presidente Dilma Rousseff, de ministros do governo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sindicalista e um dos fundadores do PT, Gushiken, que comandou a Secretaria de Comunicação no primeiro mandato de Lula, morreu na sexta, aos 63 anos, após enfrentar um câncer no estômago.

O velório, no cemitério do Redentor, na zona oeste de São Paulo, começou às 8h e se estendeu até por volta das 16h30. A presidente e seu antecessor ficaram no local por cerca de uma hora até que o corpo fosse enterrado e não falaram com a imprensa.

Pela manhã, durante encontro do PT, no centro da cidade, Lula criticou a imprensa pela inclusão de Gushiken no escândalo do mensalão, que o levou a deixar o governo e a política em 2006.

O ex-ministro foi inocentado no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal.

"Ele foi uma das vítimas das mentiras de parte da imprensa deste país. Sei o quanto sofreu com as infâmias que levantaram contra ele. A imprensa que o acusou deveria publicar manchete pedindo desculpas ao Gushiken."

O ex-ministro José Dirceu, condenado pelo mensalão, disse que Gushiken "foi e será sempre o melhor entre nós" e destacou seu apoio durante o processo.

"Ele sempre me deu a mão e o braço e sempre me estimulou a lutar como eu lutava. Dizia que a fase heroica do PT era o chamado mensalão", afirmou Dirceu, que declarou que todos os petistas condenados no caso são inocentes.

Na próxima quarta, o Supremo Tribunal Federal decidirá se 12 réus, entre eles Dirceu, terão direito a apresentar embargos infringentes, recursos que poderão levar a um novo julgamento.

Outros dois condenados no processo, os deputados José Genoino e João Paulo Cunha, também estiveram no velório, mas não quiseram dar entrevistas. "O silêncio fala por mim", disse Genoino.

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou que Gushiken foi incluído no processo porque, ao comandar a Comunicação do Planalto, "contrariou interesses econômicos" ao mudar os critérios de distribuição da publicidade do governo. "Graças a Deus ele foi absolvido em vida, e isso nos consola muito", disse. (DIÓGENES CAMPANHA)


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