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Em ato com Padilha, Lula ataca tucanos

Ex-presidente fez discurso pré-eleitoral ao lado do ministro, escolhido pelo PT para disputar governo de SP em 2014

Em clima de campanha, petista diz que Estado não deve ser comandado por 'passarinho com voo curto e bico grande'

DE SÃO PAULO

Em discurso para reafirmar a candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo em 2014, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem que o PT comece a organizar sua campanha com antecedência e atacou o PSDB, que comanda o Estado desde 1995.

Ele participou em São Paulo, ao lado de Padilha, do Encontro da Região Metropolitana, um dos eventos organizados pelo partido para apresentar a candidatura de Padilha à militância. O primeiro havia acontecido em agosto, em Bauru, no interior.

Após prestar tributo ao ex-ministro Luiz Gushiken, morto anteontem, Lula disse que também queria homenagear Padilha, que completou 42 anos ontem --por sugestão do ex-presidente, o ato foi programado para a data de seu aniversário.

Lula ironizou o fato de a Justiça Eleitoral proibir o lançamento oficial da candidatura até metade de 2014. "Eu não posso falar de eleição aqui. Já fui multado em R$ 15 mil, e o PT não pode falar. Paguei do meu bolso", disse.

Em 2012, ele foi multado em R$ 5.000 por fazer campanha antecipada do então pré-candidato a prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Ele afirmou que São Paulo merecia "se dar" uma chance "tirando os tucanos" do Palácio dos Bandeirantes.

"Esse Estado é muito importante para ser governado por passarinho que tem voo curto e bico muito grande. Esse Estado já merece uma constelação", disse, em referência aos símbolos eleitorais do PSDB e do PT.

Neste momento, autoridades petistas e o público na quadra do Sindicato dos Bancários gritaram seguidamente o nome de Padilha.

Lula sugeriu que São Paulo terá mais benefícios se o PT acumular o governo do Estado com a prefeitura da capital, comandada por Haddad, e outras cidades da região metropolitana administradas pelo partido.

O ex-presidente disse que o partido teve grandes dificuldades para eleger Haddad em São Paulo e, por isso, precisaria se organizar o quanto antes para a eleição estadual.

"Todo mundo aprendeu que a gente não ganha nada se ficar cochilando. Então vamos começar a trabalhar com antecedência", declarou.

Assim como Haddad, pinçado por Lula para a corrida municipal em 2012, Padilha é desconhecido da maior parte do eleitorado e nunca disputou uma eleição.

A nova aposta do partido foi o último a discursar antes de Lula. Ele pediu que o presidente estadual do PT, Edinho Silva, convoque todos os ministros paulistas, como Guido Mantega (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Educação), para debater "um novo projeto para São Paulo" com a militância petista.

"Podemos fazer o melhor Estado para trabalhar, estudar, se divertir, produzir, e o PT vai fazer isso por São Paulo", disse o ministro.

Ele defendeu o programa Mais Médicos, que deve ser sua vitrine eleitoral em 2014.

Edinho Silva também mencionou indiretamente a candidatura do titular da Saúde ao apresentá-lo como alguém que terá "tarefas ainda maiores no nosso projeto". (DIÓGENES CAMPANHA)


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