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Ação da PF prende 20 por desvio de verba de fundos de previdência

Lanchas e carros de luxo são apreendidos no DF e em nove Estados; esquema teria movimentado R$ 300 mi

Grupo usava mulheres para aliciar prefeitos e fraudar aposentadoria de servidores; policial e doleiro são detidos

DE BRASÍLIA

A Polícia Federal deflagrou ontem megaoperação para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de previdência de servidores.

A PF acusa o grupo de movimentar R$ 300 milhões em 18 meses e usar mulheres para aliciar prefeitos para investirem em "papéis podres".

Entre os suspeitos estão policiais do Distrito Federal, um doleiro, um funcionário do Ministério da Previdência, prefeitos e até um ex-dirigente de fundo de pensão.

Ontem, 20 pessoas foram presas em Brasília, Rio e Goiás. Foram alvo de mandados de busca corretoras, escritórios de advocacia e casas de quatro prefeitos e de suspeitos no DF e em nove Estados.

A PF apreendeu uma lancha avaliada em R$ 5 milhões e 18 carros, sendo dez deles avaliados em mais de R$ 500 mil cada. Na lista estão Ferrari, Porsche e Lamborghini, a maior parte de Brasília.

"São duas organizações distintas com membros em comum, por isso deflagramos uma única operação. Os líderes são os mesmos e ficam em Brasília", disse a delegada Andréa Pinho.

A investigação começou há um ano e meio para apurar lavagem de dinheiro no DF com uso de contas bancárias de empresas de fachada, abertas em nome de "laranjas".

Ao apurar o crime, a PF se deparou com outro esquema, comandado pelo mesmo grupo, de desvio e gestão fraudulenta de Regime Próprio de Previdência Social de servidores de municípios.

Segundo a polícia, integrantes do grupo aliciavam prefeitos e gestores de fundos de previdência por meio de das chamadas "pastinhas", em sua maioria mulheres jovens e bonitas, e lobistas para investir em "papéis podres" do próprio grupo, com rentabilidade baixa e alto risco de investimento.

"A aplicação era feita porque o prefeito ou o gestor recebiam vantagem indevida", afirmou Pinho.

Foram identificados desvios de R$ 50 milhões desses fundos previdenciários. Dois delegados e dois agentes do DF foram presos na operação, suspeitos de ameaçar, coagir e vazar informações sigilosa.

A Folha apurou que entre os alvos estão o ex-policial civil do DF Marcelo Toledo e o doleiro Fayed Traboulsy.

Também está na mira da PF Carlos Eduardo Carneiro Lemos, um operador de mercado que teve seu nome envolvido na CPI dos Correios.

Os advogados de Toledo e Fayed estiveram na superintendência da PF e afirmam que as atividades dos dois são legais.


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