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Advogada diz ter ido a ministro do STF para ajudar membro de facção
AFONSO BENITESDE SÃO PAULO - A advogada de um dos chefes da facção PCC disse para seu cliente que se reuniu com um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e que ele teria se comprometido a avaliar o caso do criminoso. As informações constam de uma escuta que compõe investigação contra a facção, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo.
Na ligação, de 2010, a advogada Lucy de Lima diz para Edilson Nogueira, conhecido como Birosca, que esteve pessoalmente com o ministro, sem citar qual. O objetivo do encontro era tentar para migrar o condenado do regime fechado para o semiaberto.
A tentativa, porém, não prosperou. O ministro, segundo ela, teria pedido mais informações sobre o processo. A advogada não foi localizada.
O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse à Folha que não teme uma nova onda de ataques do PCC caso a Justiça reverta a decisão que rejeitou o pedido de prisão de 175 integrantes do grupo. "Estamos preparados", disse.
Em 2006, cerca de 500 pessoas morreram em uma onda de ataques da facção, que movimenta cerca de R$ 120 milhões anuais com tráfico de drogas e mensalidades.
A Justiça rejeitou a prisão, mas tornou réus 161 suspeitos de integrar o grupo. Eles respondem a ação por tráfico e formação de quadrilha. A investigação durou três anos e meio.