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Cotidiano em cima da hora

Bombeiros trabalham até a madrugada no Memorial

Incêndio durou cerca de 15 horas; quatro bombeiros estão na UTI

Prefeitura negou ontem que auditório atingido possuísse alvará especial de funcionamento

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

O fogo no auditório Simón Bolívar, do Memorial da América Latina, durou até a madrugada de ontem. Os bombeiros trabalharam 15 horas para resfriar o local e conter pequenos focos de incêndio.

Segundo o major Wagner Lechner, do Corpo de Bombeiros, "100% do auditório foi destruído" pelas chamas.

Cinco bombeiros feridos no combate ao incêndio permaneciam internados no Hospital das Clínicas ontem, entre eles Eduardo Roberto de Lima, Oscar do Carmo, Rodolfo Pavani e Marcelo de Araújo, que estavam na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

No total, 25 foram atendidos devido a intoxicação ou queimaduras internas causadas pela fumaça.

O Memorial da América Latina é um dos símbolos arquitetônicos da cidade. Inaugurado em 1989, é tombado pelo patrimônio histórico e foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).

No final da manhã de ontem, técnicos da Defesa Civil estiveram no local para começar a avaliar os estragos.

Apesar da destruição total da parte interna do auditório, o coordenador da Defesa Civil Jair Paca de Lima já havia afirmado na noite de anteontem que "dificilmente o prédio terá de ser demolido".

Um dos funcionários responsáveis pelo arquivo do Memorial, Francisco de Assis Gomes, 67, se preocupa com o estado da documentação. "Há várias caixas de documentos que eu mesmo arquivei lá, inclusive plantas originais do Oscar Niemeyer".

Ontem, a Secretaria de Licenciamento da Prefeitura de São Paulo negou a versão da direção do Memorial de que o local contava com uma autorização especial de funcionamento para o auditório.

A pasta já havia informado que o Alvará de Funcionamento para Local de Reunião do Memorial está vencido desde 1993 e deveria ser renovado anualmente.

O presidente da fundação que administra o local, João Batista de Andrade, disse anteontem que havia autorização especial para o auditório. Em novo posicionamento, a secretaria afirmou que essa autorização valia para um único evento, em maio.

O alvará é um documento que comprova que um local pode receber aglomeração de pessoas. Na momento do incêndio, o auditório não abrigava nenhum evento.

Segundo o Memorial, a vistoria de segurança feita pelos bombeiros estava em dia.

Também ontem, a Eletropaulo confirmou que faltou luz na região do Memorial pouco antes do incêndio. Uma das hipóteses para o acidente é que o fogo teria começado depois de um curto-circuito, logo após o começo do uso de um gerador.

O prefeito Fernando Haddad manifestou solidariedade aos bombeiros feridos.


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