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PT quer Gilberto Carvalho na campanha de Dilma

Para a sigla, ministro pode fazer a interlocução com os movimentos sociais

Planalto resiste em abrir mão do ministro, que é um dos princi-pais articuladores do governo Dilma Rousseff

(TAI NALON) RANIER BRAGON DE BRASÍLIA

O PT pressiona o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) a deixar o governo para integrar o núcleo da campanha da presidente Dilma Rousseff, mas a articulação esbarra na resistência do próprio Palácio do Planalto.

A intenção do presidente da sigla, Rui Falcão, com o aval do ex-presidente Lula, é fazer com que Carvalho exerça na campanha o mesmo papel que desempenha no governo, o de interlocutor com os movimentos sociais.

Mas falta convencer Dilma a abrir mão de um de seus principais articuladores. No Planalto, a avaliação de assessores é que o ministro também não está com "apetite" por campanha.

A pressão decorre de dois motivos: o primeiro e mais imediato é a preocupação dos petistas com eventuais manifestações durante a Copa. Porém a avaliação do PT é de que a ação de Carvalho fora do governo, sobretudo em São Paulo, manterá entidades tradicionalmente ligadas ao petismo, hoje críticas a Dilma, sob total controle.

Embora não sejam considerados uma ameaça concreta à reeleição da presidente, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e entidades sindicais têm alas jovens que não estão totalmente pacificadas e podem aderir a manifestações, como fizeram em 2013.

O diagnóstico é o de que índios, movimentos ligados à reforma agrária, grupos LGBT e aqueles que defendem reformas no atual modelo da imprensa são os mais problemáticos.

Alguns deles, segundo integrantes do primeiro escalão do governo, poderiam eventualmente migrar para a esfera de influência de Marina Silva (PSB-AC), cotada para ser vice do governador Eduardo Campos (PSB-PE) na corrida ao Planalto.

A preocupação central do governo e do núcleo de campanha de Dilma é dissociar a imagem de Marina e de Campos à de ex-aliados do PT --portanto, próximos no espectro ideológico.

"Tem áreas sensíveis onde o relacionamento [com Dilma Rousseff] é bastante ruim, (...) fruto em boa medida do peso conservador de setores da base aliada do governo federal", diz Renato Simões, deputado e ex-secretário nacional do PT na área de movimentos sociais.

Carvalho, que faz planos para deixar a Secretaria- Geral da Presidência no fim deste ano, tem dito ao PT que não quer sair do governo antes disso.

O assunto também não foi tratado diretamente com a presidente Dilma, que, por sua vez, já havia ordenado que o ministro participasse diretamente dos preparativos para a Copa do Mundo.


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