Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

TCU pedirá explicações de Graça sobre obras no Rio

Relatora Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, diz ver omissão em atrasos

Houve favorecimento na contratação, afirma ministra; presidente da Petrobras será questionada por escrito

DE BRASÍLIA

A ministra do TCU (Tribunal de Contas da União) Ana Arraes afirmou que a alta administração da Petrobras foi omissa em relação aos atrasos nas obras da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio) e pediu que a presidente da empresa, Graça Foster, seja questionada sobre a falta de ação da empresa.

O tribunal aprovou ontem por 4 votos a 3 pedido de audiência prévia de Foster e funcionários da empresa ligados a esse projeto, firmado com a empresa MPE em 2011. Também serão questionados o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e ex-diretores responsáveis pelo contrato.

Na audiência prévia, o questionamento é enviado à pessoa indicada, que responde por escrito ao tribunal. Não há audiência pública.

A relatora do processo, Ana Arraes, é mãe do presidenciável Eduardo Campos (PSB). Em seu relatório ela diz que houve favorecimento na contratação "desastrosa e injustificada" da empresa MPE.

Disse ainda que, diante dos atrasos na obra, que já chegam a 12 meses, a Petrobras fez alertas à empresa contratada, mas abdicou de aplicar sanções mais fortes.

"Creio que já há configuração de conduta omissiva não só dos gestores diretos do empreendimento, mas também da alta administração da companhia", afirmou Arraes. "É inadmissível que sua presidente e seu diretor não tivessem conhecimento dos atrasos acumulados."

O ministro Benjamin Zymler, que foi contra a audiência prévia, disse que a decisão significa uma mudança na jurisprudência do TCU.

O ministro Raimundo Carreiro, que votou pela audiência, disse que o TCU não pode continuar punindo só presidente de comissão e fiscal. "Por que um presidente ou diretor da Petrobras não pode ser ouvido?"


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página