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Com PT, investigações 'não ficam embaixo do tapete', diz Carvalho

À Câmara, ministro defendeu patrocínio do governo e de estatais para evento do MST

DE BRASÍLIA

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou ontem que a sensação de corrupção é maior na gestão petista "porque ela não fica embaixo do tapete" e lembrou da acusação de compra de votos no Congresso a favor da emenda constitucional da reeleição, episódio ocorrido na gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e revelado pela Folha.

"A compra da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso foi engavetada na Procuradoria-Geral da República. Há mais sensação de corrupção, sim, porque hoje ela não fica embaixo do tapete, porque a Polícia Federal tem independência para fazer isso [investigar]", disse.

A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, à qual Carvalho foi convidado para falar sobre o apoio do governo federal ao congresso do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e sobre as acusações contra ele feitas pelo ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior.

"[A Procuradoria-Geral da República] é independente sim, mas nós fomos o primeiro governo que elegeu não um engavetador, como era no passado", afirmou Carvalho.

O ministro deu as declarações em resposta a um questionamento do deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), líder da oposição, que acusou o governo de "calar" e "impedir" a Polícia Federal de fazer seu trabalho.

"Dizer que nós estamos calando a Polícia Federal quando nós na verdade equipamos a Polícia Federal, demos a ela todas as condições. Deputado de onde vêm as denúncias, a acusação da corrupção? Ou é da CGU, que nós criamos, ou do trabalho da PF e da atuação da Procuradoria-Geral da República", afirmou.

O ministro voltou a defender o patrocínio do governo federal ao evento do MST e admitiu que recomendou às estatais que dessem recursos ao congresso dos sem-terra.

A Caixa Econômica Federal, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Petrobras ajudaram a bancar evento realizado durante o 6º Congresso Nacional do MST em Brasília. Ao todo, foi gasto cerca de R$ 1,6 milhão em recursos públicos e de empresas com economia mista.

Carvalho negou novamente as acusações feitas por Romeu Tuma Júnior de que levava e entregava pessoalmente à direção do PT dinheiro de propina quando trabalhava com o prefeito petista de Santo André (SP), Celso Daniel.


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