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A Copa como ela é
Greve atinge 15 cidades na Grande SP
A exemplo de São Paulo, motoristas não concordam com índice de reajuste acordado entre sindicato e empresas
Paralisação deve continuar em ao menos 13 municípios nesta sexta (23); passageiros foram surpreendidos
Enquanto a greve de motoristas e cobradores chegava ao fim e o transporte voltava ao normal na capital paulista, uma paralisação de funcionários de empresas da Grande São Paulo afetava ao menos 15 cidades nesta quinta (22).
Terminais foram bloqueados em cidades como Osasco, Barueri, Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Diadema e São Bernardo do Campo.
Milhares de passageiros foram pego de surpresa.
A paralisação é semelhante à organizada na capital paulista. Motoristas não concordam com o reajuste firmado entre sindicato e as empresas.
Os trabalhadores da Grande São Paulo pedem reajuste salarial com base na inflação mais um ganho real de 8%.
Eles também reivindicam equiparação salarial com os outros motoristas do ABC.
"Temos o menor salário da região. Recebemos R$ 1.800 e queremos ter o que os outros motoristas do ABC têm, que é R$ 2.500", disse o motorista José Emilson, 44.
As empresas oferecem somente o reajuste pela inflação. Para pôr fim ao impasse, ocorreu uma reunião na sede do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo à tarde.
Não houve acordo, no entanto. Depois, os trabalhadores se reuniram em uma assembleia e decidiram manter a paralisação em 13 cidades da região metropolitana.
Em Itapecerica da Serra, os motoristas decidiram retomar os trabalhos por volta das 13h. Não chegaram a um acordo salarial, porém.
As greves devem se alastrar por outras regiões inclusive na Copa, segundo Valdir Pestana, presidente da Federação dos Rodoviários do Estado de São Paulo. Ele, porém, atribui o movimento a uma insatisfação salarial, e não a uma combinação entre os sindicatos.
PELO PAÍS
Em São Luís (MA), motoristas decidiram ontem por uma greve. A categoria pede reajuste de 16%. Na Bahia, motoristas aprovaram o início de greve a partir da terça (27). A paralisação envolve os rodoviários da capital e do interior, além de funcionários de ônibus intermunicipais.
