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Sul e Sudeste têm maioria dos eleitores indefinidos

34% das mulheres não têm candidato

DE SÃO PAULO

Os eleitores que chegaram até aqui sem candidato para a Presidência da República têm endereço definido. Estão muito mais concentrados nos municípios grandes, com mais de 500 mil habitantes, das regiões Sul e Sudeste.

A probabilidade maior é que sejam mulheres. Entre elas, 34% não sabem em quem votar ou declaram voto nulo ou branco. Entre os homens, 24% pensam assim.

Num claro sinal do tipo de desafio que tem sido colocado aos opositores da presidente Dilma Rousseff, há também uma concentração grande de eleitores sem candidato entre os que avaliam o atual governo como ruim ou péssimo. Nesse universo, 44% não sabem o que fazer, pretendem anular ou votar em branco.

Todos esses dados aparecem na pesquisa nacional do Datafolha finalizada na quinta-feira (5). O levantamento mostrou que, contabilizando dados de todo o país, é recorde o patamar de eleitores sem candidato para este período pré-eleitoral, a cerca de quatro meses para o pleito

Hoje, 30% não têm candidato definido, a maior taxa desde 1989. No período equivalente da última eleição, em 2010, eram 13%.

O Brasil já tem experiência de eleição presidencial com situação de insegurança econômica. Em 2002, por exemplo, foi assim. Mas os sem candidatos eram 10% no início de junho daquele ano.

Entre as novidades da atual disputa estão a proximidade com os enormes protestos de junho de 2013, fenômeno que afetou a popularidade de Dilma e de vários governadores e prefeitos, e a agora inesperada rejeição à realização da Copa do Mundo no Brasil por parte de um segmento do eleitorado.

São manifestações sociais cujos impactos políticos ainda deverão ser muito estudados e debatidos entre sociólogos e cientistas políticos.

PERFIL

A pesquisa Datafolha oferece algumas pistas ao candidato que quiser conhecer melhor e tentar conquistar os eleitores órfãos de 2014.

No grupo dos que não têm candidato definido, o sentimento a favor de mudanças é maior que o da média do eleitorado, já alto: 88% ante 74% no total.

Esses eleitores também são ligeiramente mais propensos a apoiar os protestos que estão ocorrendo em várias cidades do país desde 2013. No grupo, 59% posicionam-se dessa forma.

Outra característica marcante é o pessimismo com a economia. Para 56% deles, a situação econômica do país irá piorar nos próximos meses. na população em geral, 26% pensam assim.

De alguma forma, esses dados podem combinar com outra pesquisa recente do Datafolha. Em maio, 57% disseram que não votariam se fosse facultativo. Outro recorde desde 1989.


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