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Às 4h20, Alckmin pediu a secretário que fosse 'enérgico'

DE SÃO PAULO

O diagnóstico do governo estadual é de que uma concessão aos metroviários, por menor que seja, pode abrir o precedente para que outras categorias entrem em greve no período da Copa.

Segundo aliados, nas conversas que teve com o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, na quinta (5) e na sexta (6), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ressaltou que não há condições de retroagir na proposta de 8,7%.

Para fortalecer o discurso da administração estadual, afirmam os aliados, o tucano recomendou que fosse apresentado na audiência da Justiça do Trabalho, realizada no fim da tarde desta sexta (6), um estudo elaborado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos e pelo Metrô.

O documento, que foi anexado à defesa da gestão estadual no processo que julgará a legalidade da greve, mostra que 8,7% é o índice máximo de reajuste que pode ser concedido à categoria sem que sejam comprometidas as finanças do Metrô --após a onda de manifestações em junho do ano passado, o governo congelou a tarifa.

NA MADRUGADA

As conversas sobre a greve invadiram a madrugada. Ainda eram 4h20 desta sexta (6) quando Fernandes ligou para o governador.

Os dois haviam se reunido na noite anterior e conversado por telefone, pela última vez, às 22h45.

Ao se consultar com Alckmin sobre qual seria a melhor maneira de conter os piquetes armados pelos metroviários em greve, o secretário recebeu a ordem para ser "enérgico, dentro da legalidade".

Em seguida, o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, foi acionado e enviou reforço policial para fazer a segurança da estação Ana Rosa, onde PMs entraram em conflito com um grupo de grevistas que tentava convencer os colegas a aderirem ao movimento.

"Alckmin me disse que as obstruções físicas devem ser desobstruídas", afirmou Fernandes, que passou a manhã se informando sobre a situação das estações e tentando descobrir onde seriam realizados os próximos piquetes.

Após o confronto, ele decidiu pedir a antecipação do julgamento da ilegalidade da greve --que, porém, foi marcado para este domingo (8). "Queremos resolver logo essa situação. O que vier é para cumprir. Não importa se é favorável ou desfavorável."


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