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A Copa como ela é
Trânsito de SP trava de novo pela manhã
CET registra 252 km de vias congestionadas; além da greve dos metroviários, chuva e manifestações atrapalharam fluxo
Volta ao trabalho dos marronzinhos após um dia de paralisação evitou transtorno maior para os motoristas
Com o segundo dia de greve dos metroviários, o trânsito de São voltou a ficar mais travado que o normal no período da manhã. Nesta sexta (6), a extensão dos congestionamentos foi ainda maior que na véspera.
Segundo a medição da CET, o ápice foi às 9h, quando havia 214 km de filas --maior índice do ano. Na quinta, em que o índice também foi atingido, foram 209 km.
O trânsito continuou piorando ontem mesmo depois do horário de pico oficial e bateu nos 252 km às 10h30.
Com o rodízio de veículos suspenso, mais carros estavam autorizados a circular ontem. E à paralisação dos metroviários somaram-se protestos, além da chuva, fatores que contribuíram para a piora do trânsito.
No início da manhã, a piora era maior na zona sul, onde uma manifestação de sem-teto bloqueou as três faixas da avenida Interlagos.
Por volta das 11h, a Força Sindical reuniu cerca de 2.000 pessoas em ato que fechou a avenida Paulista.
O trânsito continuou acima da média até o fim da tarde. A situação atrapalhou um ato convocado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) em apoio à greve dos metroviários. Marcado para às 13h na região central, estava vazio às 14h30.
Guilherme Boulos, um dos coordenadores do movimento, considerou o fato positivo. "Mostra que a greve está dando certo", afirmou.
TARDE
A volta para casa foi mais tranquila. Segundo a CET, às 18h havia 149 km de lentidão, enquanto a média para o horário varia de 170 km a 204 km.
A diminuição da chuva ao longo da tarde e uma antecipação da volta do paulistano para casa, segundo a CET, podem ter refletido o índice.
A volta ao trabalho dos agentes de trânsito, após um dia de paralisação, também amenizou os transtornos.
Mas avenidas importantes também ficaram travadas à tarde. Às 17h, metroviários que aguardavam uma assembleia da categoria chegaram a fechar a Radial Leste na altura da estação Tatuapé.
O cozinheiro Gilson Ribeiro disse ter demorado uma hora e meia para conseguir um ônibus na via. "Já cheguei atrasado no trabalho de manhã, e agora na volta os ônibus estavam muito cheios."