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Eleições 2014

QG de Aécio teme crescimento de rejeição ao tucano

Há uma semana, senador mineiro vem sendo confrontado por causa de construção de aeroporto em terra de seu tio

Decisão de responder prioritariamente sobre o caso na internet foi tomada pelo próprio candidato do PSDB

DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

A primeira crise no ninho tucano desde o início da campanha eleitoral acendeu, no QG do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, o receio de que a rejeição a seu nome cresça antes mesmo de ele se tornar conhecido pela maioria do eleitorado.

Há uma semana o mineiro vem sendo confrontado sobre a construção de um aeroporto em um terreno em nome de seu tio-avô que foi desapropriado pelo governo de Minas quando Aécio comandava o Estado. O caso foi revelado pela Folha. Aécio nega ter beneficiado familiares.

A avaliação do partido é de que uma marca negativa agora poderia prejudicar o candidato em um momento em que a campanha não dispõe de espaço para "se defender" --a propaganda eleitoral só começa em agosto.

Segundo a última pesquisa Datafolha, Aécio tem a segunda menor rejeição entre os quatro candidatos que lideram as sondagens: 17% --mesmo índice de eleitores que dizem conhecê-lo "muito bem".

Entre quem identifica o mineiro, o maior percentual é de eleitores que dizem saber quem é Aécio "só de ouvir falar": 37%. É com essa fatia do eleitorado, na qual espera-se que o tucano cresça, que a campanha mais se preocupa.

A decisão de responder prioritariamente a questionamentos sobre o caso na internet --onde houve ampla repercussão da notícia-- foi de Aécio. No domingo em que a primeira reportagem sobre o caso foi publicada, sua coligação emitiu nota em redes sociais e no site da campanha.

Todas as respostas postadas pelo PSDB foram supervisionadas pela irmã de Aécio, Andréa Neves. Ela é assessora da campanha e atuou nos governos do mineiro como braço forte da comunicação.

Os tucanos monitoraram nas redes sociais menções negativas ligando o candidato ao caso; a oposição a ele também. Emídio de Souza, presidente do PT-SP, escreveu no Twitter que levantamentos internos mostravam que 85% das menções a Aécio no Facebook foram negativas.

Diante do quadro, os tucanos traçaram duas estratégias: numa frente, deram tratamento político à exploração do caso, dizendo que ele estava sendo usado pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) para prejudicar quem aparece hoje como seu adversário mais competitivo.

Em outra frente, reservaram explicações detalhadas a notas oficiais, para preservar Aécio de ter que dar declarações sobre os meandros do caso. Durante a semana, o candidato teve agenda interna por dois dias. Nas ruas, disse considerar o assunto "explicado".


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