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Folha leva principal premiação do Esso com caso Teixeira

Reportagens revelaram que então presidente da CBF recebera dinheiro ligado a jogo da seleção brasileira

Em quatro meses de apuração, jornalistas mostram atuação e queda do dirigente na confederação de futebol

DE BRASÍLIA

Pelo segundo ano seguido, a Folha venceu o Grande Prêmio Esso de Jornalismo, a principal premiação do gênero no país. As reportagens sobre a atuação e a queda do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira ganharam o prêmio de 2012.

A série "O jogo suspeito e a queda de Ricardo Teixeira", com 20 reportagens entre fevereiro e junho, foi produzida por Filipe Coutinho, Julio Wiziack, Leandro Colon, Rodrigo Mattos e Sérgio Rangel.

Após 23 anos comandando a CBF, Teixeira deixou o cargo em março deste ano.

A primeira reportagem revelou o elo entre ele e a Ailanto, que recebeu R$ 9 milhões do governo do Distrito Federal por um amistoso da seleção. A série também descobriu como R$ 705 mil da empresa foram parar nas contas do dirigente.

Essa foi a primeira vez que ficou comprovado que o cartola recebeu dinheiro ligado a jogos da seleção.

Outro personagem foi Sandro Rosell, presidente do Barcelona e dono da Ailanto.

A primeira revelação, em 15 de fevereiro, foi que uma sócia da Ailanto tinha uma fazenda no mesmo endereço que Teixeira. No dia seguinte, publicou-se que havia cheques nominais ao cartola.

Depois, a Folha contou que Teixeira montara uma empresa de investimentos na Flórida e que a Ailanto era alvo de ação pela suspeita de desvio de R$ 1 milhão.

Seguiram-se então a revelação de que a empresa foi montada para receber o dinheiro do jogo e que Teixeira participou das negociações.

O jornal mostrou que a investigação chegou à Receita Federal, pela suspeita de evasão de divisas.

Contou ainda que o empresário Cláudio Abraão, que fez negócios com Ricardo Teixeira, venderá pacotes VIP da Copa de 2014, no Brasil.

Em junho, o jornal publicou o caminho do dinheiro e mostrou documentos apreendidos pela polícia: cheques nominais, declarações de imposto e contratos. No total, Teixeira recebeu R$ 705 mil da Ailanto. Também foi revelado que R$ 1 milhão da empresa foi para a Espanha, dinheiro não declarado por Rosell no Imposto de Renda.

Foram avaliados 1.302 trabalhos por 38 jurados. Com a matéria "Filho da rua", o jornal "Zero Hora" venceu na categoria reportagem. "O Estado de S. Paulo" ganhou o prêmio de fotografia e o da categoria regional sudeste. "O Globo" venceu nas categorias educação e criação gráfica (confira a lista com os vencedores em todas as categorias no quadro ao lado).

Em 2011, a Folha venceu com a série sobre o enriquecimento do ex-ministro Antonio Palocci, produzida por Andreza Matais, José Ernesto Credendio e Catia Seabra. Palocci caiu com o escândalo.


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