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Prefeitura de SP terá que cobrar Maluf, diz aliado

Jesse diz, porém, que conta não foi provada

DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

Principal operador político de Paulo Maluf na capital paulista, o secretário-geral do PP no Estado de São Paulo, Jesse Ribeiro, disse ontem que é "obrigação" da prefeitura repatriar os US$ 22 milhões supostamente desviadas pelo ex-prefeito para contas no exterior.

Na sexta passada, a Corte Real de Jersey, um paraíso fiscal britânico, determinou que duas empresas ligadas a Maluf restituam a quantia bloqueada à administração municipal. Cabe recurso.

Questionado sobre o fato de que a cobrança poderá ser feita pela gestão do prefeito eleito, Fernando Haddad (PT), aliado de Maluf, Ribeiro respondeu que "é obrigação de quem estiver lá [na prefeitura] cumprir as determinações judiciais".

"Se a Justiça entendeu assim, a prefeitura tem que cobrar. Não pode alterar o curso porque é o Pedro, o Paulo ou o João", disse o dirigente.

Para Ribeiro, não está provado que Maluf possua contas no paraíso fiscal. Ele afirmou também que a decisão da corte ainda não é definitiva. "Há uma suposição. [A sentença] não é tão confirmatória assim", disse.

Ele disse que a decisão não cria "nenhum inconveniente" na negociação que o PP vem conduzindo com o PT para ocupar cargos na administração de Haddad.

Antes do início do processo em Jersey, o Ministério Público chegou a acusar a gestão da petista Marta Suplicy (2001-2004) de omissão no caso.

À época, a Promotoria chegou a abrir um inquérito civil para cobrar a atuação da administração petista para a obtenção da restituição dos valores no paraíso fiscal.

Porém, o inquérito foi arquivado depois que a gestão petista adotou medidas para iniciar a causa na ilha.

INDENIZAÇÃO

O Ministério Público de São Paulo está preparando uma ação de indenização contra o Deutsche Bank que pode chegar a US$ 93 milhões.

A acusação é que o banco não tomou medidas para impedir a circulação em suas contas de valores supostamente desviados da prefeitura por empresas de Maluf.

A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social procurou a prefeitura, que estuda medida semelhante, para que ambas apresentem uma ação única.

O Deutsche Bank afirmou que vem cooperando com as autoridades competentes em todas as etapas da investigação do caso.


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