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Disputa voto a voto marca eleições da OAB em SP

Da Costa, da situação, e rival Toron lideram apuração; Sayeg fica em 3º

Depois de campanha com troca de críticas, principais candidatos à presidência adotam discurso de conciliação

GITÂNIO FORTES DE SÃO PAULO

A OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo) teve ontem uma eleição acirrada com a disputa pela presidência entre o candidato da situação, Marcos da Costa, e o oposicionista Alberto Toron.

Segundo apuração provisória no site da entidade, com todas as urnas da capital e 43% das subseções do interior apuradas, Da Costa tinha 37,3% dos votos e Toron, 35,7%. Ricardo Sayeg, o outro candidato da oposição, somava 20,9%. Votos nulos eram 4,9% e brancos, 1,2%.

Depois de uma campanha intensa, os três candidatos adotaram tom conciliador.

Da Costa disse que, eleito, vai ser "o presidente da advocacia paulista como um todo. Quero oferecer espaço na Ordem a todos, independentemente de quem apoiaram".

Toron afirmou que a disputa não deixa sequelas. "Tenho amigos nas outras chapas. Além disso, a OAB-SP está acima de tudo. A Ordem deve servir a todos os advogados."

Sayeg também minimizou os atritos de campanha. Disse que o acirramento em determinados momentos é algo natural em eventos da democracia.

Afirmou considerar o terceiro lugar "uma grande vitória política", pois recebeu "votos de opinião".

Na definição de Toron, a eleição para a presidência da OAB-SP pode ser comparada a uma eleição de governo de Estado.

Na disputa deste ano, embora não fosse candidato, o atual presidente da seção paulista da Ordem, Luiz Flávio Borges D'Urso, teve um papel fundamental.

D'Urso se elegeu em 2009 para o terceiro mandato. Venceu, mas sem a maioria absoluta. Teve 36,5% dos votos. Juntas, as três chapas que lhe fizeram oposição somaram 52,6% dos votos.

O atual presidente da entidade teve atuação política intensa fora do Ordem. Manifestou apoio ao movimento "Cansei". Depois, pelo PTB, foi candidato a vice na chapa derrotada de Celso Russomanno para a Prefeitura de São Paulo.

Os rivais apontaram uso político-partidário da entidade -o que D'Urso sempre negou. A oposição procurou se aglutinar. Roberto Podval retirou a sua candidatura. Rosana Chiavassa se tornou vice de Toron.

Mas diferenças de opinião com relação a temas como a descriminalização das drogas impediu acordo entre Toron e Sayeg.

BALANÇO

O presidente da Comissão Eleitoral da OAB-SP, José Urbano Prates, fez um balanço positivo da votação. Segundo ele, "houve maciço comparecimento dos advogados" às urnas. Até ontem à noite, porém, a entidade não tinha dados sobre abstenções.

Prates relatou que a eleição transcorreu com tranquilidade. Entre os locais de votação, houve mais filas no prédio da Uniesp, no centro de São Paulo.

O presidente da Comissão Eleitoral atribuiu as dificuldades à estrutura inadequada de acesso e saída do prédio, que não deu vazão ao grande número de eleitores, que concentrou mais de manhã.

De acordo com Prates, "no decorrer do dia, no centro, as filas diminuíram e, no encerramento do pleito, não houve fila nem distribuição da senha". A exceção ocorreu em um prédio da UniFMU, onde um elevador teve problemas.


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