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Mensalão - o julgamento

PT diz ser alvo de 'campanha' feroz da mídia e da oposição

Documento do Diretório Nacional volta a pedir regulamentação do setor

Partido vai divulgar resolução dizendo que a Câmara tem autonomia sobre mandato de deputados condenados

DE BRASÍLIA

Em resolução divulgada ontem, o comando nacional do PT acusa a mídia e a oposição de promoverem uma "campanha feroz" para criminalizar o partido no país.

No documento, elaborado em reunião do Diretório Nacional, a cúpula petista volta a cobrar a regulamentação do setor para evitar "campanhas midiáticas" que incidem no processo eleitoral.

"O resultado [das eleições] foi obtido em meio a uma feroz campanha promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo é criminalizar o PT. A voz do povo nas urnas suplantou, mais uma vez, os que vaticinavam o desaparecimento do Partido dos Trabalhadores", afirma a resolução.

Dirigentes petistas reconheceram porém que o PT sofreu derrotas em diversos municípios como consequência do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -que teve início durante a campanha eleitoral.

"É claro que, se não tivesse [o julgamento], nós teríamos vencido muito mais. Alguns municípios nós perdemos por 1.000, 2.000 votos. Não somos hipócritas nem nos iludimos de que não houve nenhum impacto", disse o secretário de comunicação do PT, deputado André Vargas.

A cúpula do partido decidiu ainda divulgar resolução em que vai defender que a Câmara tenha autonomia para cassar mandatos dos deputados cassados no mensalão: João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT).

No balanço das eleições, o PT reconheceu que o partido cometeu erros em alianças regionais que acabaram não firmadas com partidos da base de apoio de Dilma.

O partido não fez menção, oficialmente, às denúncias do esquema de venda de pareces técnicos desmontado pela Operação Porto Seguro.

Vargas disse que Lula não é responsável pelas irregularidades cometidas por Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo. Segundo Vargas, Rosemary teve um "papel absolutamente secundário" no esquema de fraudes.

Em outra resolução, o PT declarou apoio à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por ter aplicado no país a "lei da mídia", que atinge o grupo Clarín. Na resolução, o PT diz que a lei contribui para ampliar a liberdade de expressão e cobra a regulamentação da mídia brasileira.


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