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Cachoeira deixa prisão e afirma ser 'garganta profunda' do PT

Empresário diz que partido tenta mantê-lo na cadeia por temer revelações que ele possa fazer

Segundo juiz federal do TRF da 1ª Região, Tourinho Neto, a prisão na semana passada foi inconstitucional

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE GOIÂNIA

Beneficiado por um habeas corpus concedido pela Justiça Federal, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deixou a prisão ontem e acusou o PT de se esforçar para mantê-lo preso por temer revelações que envolvam o partido.

"O PT sabe que eu sou o 'garganta profunda' do PT", disse no momento em que deixava o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO), em torno das 18h45.

A expressão "garganta profunda" é uma referência ao codinome da principal fonte de reportagens da imprensa do EUA que revelaram o escândalo de Watergate e levou à renúncia do presidente Richard Nixon, em 1974.

Depois de baixar o vidro do carro, Cachoeira disse a jornalistas que "Justiça foi feita" e que pedirá a seu advogado que o libere para dar declarações à imprensa.

"Eu vou falar também de alguns personagens, que a Delta tem diretamente participado na vida deles, e que hoje estão na CPI e fazendo um relatório totalmente sem escrúpulo. Tira jornalista, põe jornalista, põe pessoa fisíca, tira pessoa física", afirmou à TV Record Goiás.

A decisão do habeas corpus que o liberou foi tomada pelo juiz federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

PRISÃO

Cachoeira estava desde sábado na prisão de Aparecida de Goiânia. Duas semanas antes, ele havia deixado o presídio da Papuda, em Brasília, após 266 dias recluso.

A nova prisão do empresário ocorreu na sexta-feira, após ser condenado pela 11ª Vara da Justiça Federal em Goiânia a 39 anos e 8 meses de prisão por diversos crimes.

Havia sido determinada prisão preventiva por dois anos. Tourinho Neto considerou, no entanto, que a execução provisória da pena foi inconstitucional. Ele disse não existir prisão preventiva quantificada em tempo no ordenamento jurídico.

O processo contra Cachoeira decorre da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Segundo a acusação, ele controlava um esquema centrado em jogo ilegal, mas que se ampliou para desvio de recursos públicos pela corrupção de agentes estatais.

Sem consenso em torno do relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), o presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), anunciou o adiamento da votação do texto final da comissão. Ainda não há uma data definida, mas o relatório deve ser votado até o dia 22, quando a CPI termina.


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