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Eleição de 2012 custou R$ 29 por eleitor

Na disputa municipal de outubro, cerca de 500 mil candidatos registraram gasto de R$ 4,1 bilhões em todo o país

Tribunal Superior Eleitoral investe R$ 395,3 milhões na operação do pleito, entre pessoal e material

DE SÃO PAULO

Entre julho e outubro, um seleto grupo de brasileiros gastou recursos equivalentes a cinco obras do estádio Itaquerão, que receberá o jogo inaugural da Copa de 2014.

Quase meio milhão de candidatos a prefeito e a vereador usaram R$ 4,1 bilhões em recursos públicos e privados, próprios ou captados, para concorrer ao direito de, a partir de amanhã, influir nos rumos de 5.565 municípios.

Em média, a eleição municipal custou aos candidatos R$ 29,44 para cada um dos 138,5 milhões de eleitores.

A 54ª turma do Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha levantou dados do custo do voto nas 26 capitais para traçar perfis dos caminhos do dinheiro. Da vereadora mais votada que rejeitou ajuda de empresários à prefeita que recebeu 100% dos recursos em doações ocultas, feitas via partido.

Em 2012, as doações registradas tornaram-se mais transparentes, com a Justiça Eleitoral tendo publicado pela primeira vez os detalhes dos doadores antes da votação. Isso, segundo especialistas, coloca o país entre os mais transparentes em relação a financiamento de campanhas, ainda que a fiscalização não seja a ideal.

Há pouco consenso quanto a como financiar as campanhas. Diversos projetos de reforma no Congresso propõem o financiamento exclusivamente público, modelo que não é usado por nenhuma grande democracia.

Já as sempre criticadas doações ocultas, feitas por meio dos partidos, são consideradas benéficas por alguns especialistas, por serem declaradas e, teoricamente, reduzirem a dependência direta dos candidatos em relação às empresas doadoras.

Atualmente, as campanhas já são parcialmente financiadas pelos cofres públicos. R$ 286,3 milhões são distribuídos aos partidos por meio do Fundo Partidário -reserva mantida pela União e repartida conforme o tamanho de cada sigla no Congresso Nacional. Parte disso acaba sendo usado em campanhas.

Outros R$ 606,1 milhões deixam de ser arrecadados em impostos com o horário eleitoral gratuito.

Além disso, há ainda os R$ 395,3 milhões de gastos operacionais do TSE para viabilizar a eleição: transporte de urnas, segurança, pessoal, material, entre outras coisas.

Tudo somado, o poder público investiu cerca de R$ 1,3 bilhão nas eleições, uma média de R$ 9,38 por eleitor.

O Programa de Treinamento conta com o patrocínio da Ambev, da Philip Morris Brasil e da Odebrecht.


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