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Comissão decide investigar fim de companhia aérea

DO RIO DE SÃO PAULO

A Comissão da Verdade vai investigar casos de empresas perseguidas pelo regime militar. A primeira da lista será a companhia aérea Panair do Brasil.

Rosa Cardoso, membro da comissão, se encontrou ontem com Rodolfo Rocha Miranda, um dos herdeiros empresa, que encerrou as atividades em 1965.

"O governo determinou a suspensão de todas as linhas da Panair, sem qualquer processo administrativo, por meio de decreto", disse Miranda.

Ele é filho de Celso da Rocha Miranda, um dos fundadores da Panair. Segundo ele, a amizade de seu pai com Juscelino Kubitschek foi uma das razões políticas para as investidas de militares contra a companhia área.

O criador da Panair chegou a ser investigado por agentes do SNI (Serviço Nacional de Informações) sob a acusação de enriquecimento ilícito.

Para o professor de história Carlos Fico, da UFRJ, o caso já foi muito estudado e a comissão contribuiria mais se investigasse episódios pouco conhecidos.

A representante da comissão avaliou que a história dos empresários da Panair pode se enquadrar em um caso de violação dos direitos humanos.

"A lei da tortura trata não apenas da tortura física, mas também da mental. E esses empresários foram torturados com as acusações que sofreram naquele período", disse.


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