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Primeiro ato de Ribeirão Preto reúne 500
Grupo realizou ontem encontro em frente ao Theatro Pedro 2º para discutir como será a manifestação de amanhã
Hoje, há protesto previsto em Barretos; amanhã, São Carlos e Sertãozinho também planejam manifestação
Cerca de 500 manifestantes realizaram ontem em Ribeirão o primeiro ato em busca de melhorias no transporte público inspirado na onda de protestos que se espalhou por cidades brasileiras.
O encontro, realizado no início da noite de ontem em frente à esplanada do Theatro Pedro 2º, foi marcado inicialmente apenas para definir ações do protesto agendado para amanhã.
Além da redução da tarifa, o grupo de Ribeirão pede o retorno dos cobradores de ônibus e das linhas extintas com a reformulação do transporte no início deste ano.
Os manifestantes querem ainda transparência de gastos no setor por parte do consórcio Pró-Urbano, responsável pelo transporte coletivo na cidade, e da prefeitura.
De acordo com Estevan Martins de Campos, 32, integrante de um dos movimento na cidade, os usuários do transporte deveriam pagar R$ 1,85 e não R$ 2,90 para circular pela cidade, considerando o reajuste da inflação.
Alguns manifestantes chegaram a defender que ontem mesmo ocorresse um protesto --eles queriam caminhar até a Câmara, que realizava sua sessão ordinária.
Os manifestantes pretendem levar para as ruas amanhã ao menos 2.000 manifestantes. Em uma rede social, 21 mil pessoas haviam confirmado presença até ontem.
Dez policiais, quatro carros da Polícia Militar, dois da Guarda Municipal e duas motos da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motociclistas) estiveram no calçadão durante o ato.
O manifesto de ontem alterou o local de entrada para o público que assistiria ao show da dupla Chitãozinho e Xororó, no Pedro 2º. Quem foi ao local teve de usar a porta lateral do teatro devido à concentração de manifestantes em frente ao prédio.
Procurada, a prefeitura informou em nota que o município e a Transerp (Empresa de Trânsito em Ribeirão Preto) estudam a viabilidade de desoneração do custo operacional do transporte coletivo por meio de isenção do ISS, que está em fase de análise.
Conforme a Folha publicou na semana passada, a desoneração não prevê redução de tarifa de ônibus.
A nota informou também que a prefeitura aguarda a aprovação de um projeto de lei que tramita há dez anos no Congresso Nacional.
Anteontem, o consórcio Pró-Urbano informou à Folha que os custos na área aumentaram 4,5%.
NA REGIÃO
Hoje, há manifestação prevista em Barretos --às 16h, na praça Francisco Barreto. O protesto também ocorre em apoio às manifestações desencadeadas em todo o país na semana passada.
Amanhã, além de Ribeirão, São Carlos e Sertãozinho também planejam manifestações. As duas cidades pedem melhorias na qualidade dos coletivos.
Em Araraquara, há protesto previsto para o próximo dia 26. Anteontem, o primeiro ato reuniu cerca de 200 pessoas em frente à empresa de ônibus do município e foi pacífica.
