Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Polícia pede a quebra de sigilo de casal
Objetivo é saber para quem mãe, padrasto e familiares do menino Joaquim telefonaram antes do desaparecimento
Promotor afirmou trabalhar com hipótese de que o garoto esteja morto, com 'destino trágico e violento'
A Polícia Civil de Ribeirão Preto pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico de familiares do menino Joaquim Ponte Marques, 3, desaparecido desde terça-feira.
O objetivo da polícia ao rastrear as ligações telefônicas --a chamada bilhetagem, pela qual teria acesso aos números para os quais os familiares ligaram, mas não ao conteúdo da conversa-- é saber para quem mãe, padrasto e avós do garoto telefonaram nos dias que antecederam o seu desaparecimento.
Segundo o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pelo caso, a expectativa é que ele tenha acesso ao conteúdo na segunda-feira.
A polícia também buscará informações na escola em que Joaquim estuda, segundo o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino. "É importante saber o comportamento do garoto, o que ele falava aos professores, se tinha histórico de melancolia", disse.
A diretora do colégio Lacordaire, Christinne Magalhães, onde o menino estuda desde agosto, disse à Folha que ele faltou às aulas na semana anterior ao seu desaparecimento.
Em outubro, ele faltou às aulas 20 dias por motivos de saúde --tem diabetes. A diretora disse que a criança nunca manifestou ter relacionamento ruim com a mãe, Natália Mingoni Ponte, ou com o seu padrasto, Guilherme Raymo Longo.
O objetivo da polícia é reunir novos indícios para efetuar um novo pedido de prisão temporária do casal.
Anteontem, a juíza Isabel Cristina Alonso Bezerra dos Santos negou o pedido de prisão temporária de ambos. De acordo com Nicolino, a polícia e a Promotoria trabalham com a hipótese de que o garoto tenha sido morto.
"Entendemos que [Joaquim] teve um destino trágico e violento, e não há outros suspeitos se não a mãe e o padrasto." O casal nega.
Ontem, a polícia ouviu uma nova testemunha, mas não revelou o conteúdo.