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Ribeirão

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Roubo em posto de saúde expõe crise na zona oeste

Guardas deixam UBS depois de terem armas, munições e colete roubados

Crime provoca reunião entre prefeitura e Polícia Militar, que afirma que ampliará policiamento na região

DE RIBEIRÃO PRETO

Um novo assalto registrado na UBS (Unidade Básica de Saúde) Waldemar Barnsley Pessoa, no Parque Ribeirão, expôs os problemas na segurança na zona oeste de Ribeirão. Após o roubo, os guardas deixaram a unidade.

A UBS foi invadida anteontem, depois de os funcionários protestarem por dois dias para ter a presença de guardas municipais no local. Os homens renderam os guardas e levaram armas, coletes à prova de balas e munição.

Ontem, a UBS funcionou, mas sem guardas, e os servidores relatavam a tensão.

Um enfermeiro, que não quis se identificar, disse que os funcionários acreditam que a ação tenha sido coordenada por traficantes da região contra a presença de guardas na unidade.

O delegado responsável pelo caso, Samuel Zanferdini, afirmou que trabalha com a hipótese de o crime estar ligado ao tráfico de drogas, que tem presença forte no bairro.

"O fato de terem levado apenas armas, munição e coletes leva a crer que tenha sido um crime comandado pelo tráfico", disse Zanferdini.

O novo episódio provocou reunião entre a prefeitura e o comando da Polícia Militar. A PM afirmou que fará patrulhamento específico em locais de maior risco.

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Wagner Rodrigues, disse que os funcionários se sentem reféns no bairro e que o roubo revela a necessidade de uma ação mais incisiva da polícia.

"O problema deixou de ser uma questão de saúde e passou a ser de segurança pública. A prefeitura precisa admitir que há uma crise naquela região", disse Rodrigues.

'ISCAS'

Alexandre Pastova, superintendente interino da Guarda Civil Municipal, afirmou que a decisão de retirar os guardas da unidade foi tomada devido à constatação de que eles serviram como "iscas", atraindo criminosos.

"Eles [guardas] têm o que os criminosos querem, que são as armas", disse Pastova.

O roubo de anteontem foi a quarta ocorrência na unidade em cerca de dois anos.

No final de 2011, um dentista foi vítima de sequestro relâmpago quando saía da unidade. Os funcionários protestaram e conseguiram que um guarda ficasse no local das 7h às 22h.

Três meses depois, o guarda que trabalhava no local foi rendido por dois adolescentes e teve a arma roubada.

Na última sexta-feira, uma dentista foi assaltada.


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