Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Estudantes enfrentam falta de material, transporte e professores

Problemas atingem ao menos sete cidades; em Pitangueiras, alunos ficaram até sem escola

Prefeituras afirmam que questões serão solucionadas 'em breve' e que não prejudicam o ano letivo dos alunos

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Falta de material escolar, de uniformes, de transporte, de professores e até mesmo de escola. Este é o cenário na rede municipal de ensino da região de Ribeirão Preto no início do ano letivo.

Em ao menos sete cidades, os alunos foram prejudicados por atrasos em licitações, dificuldade na contratação de professores e falta de planejamento para o ano escolar.

Em Ribeirão Preto, a falta de professores levou a prefeitura a colocar mais alunos nas salas de aula.

Na Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Miguel Mussi, no Jardim Silvio Passalacqua, salas de maternal 1, com idades entre 2 e 3 anos de idade, que deveriam ter 12 crianças, estão com 15.

Turmas de maternal 2, com alunos de 3 e 4 anos, estão com 18 crianças, quando o número deveria ser de 15. Uma resolução municipal de 2001 fixa o limite de alunos por sala de aula em Ribeirão.

"Para quem está fora da sala de aula, três crianças parecem pouco. Mas, para nós,é uma tremenda responsabilidade", disse uma professora da rede municipal, que pediu para não ser identificada.

Em Franca, os estudantes ficaram dez dias sem aulas de educação física. Os estudantes foram prejudicados por um impasse entre a prefeitura e os professores que já dura um ano.

A prefeitura cortou o pagamento de um terço da jornada dos docentes que, por lei federal, deve ser utilizado para a preparação de aulas.

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) já determinou que a prefeitura pague a diferença. Para Luís Fernando Nascimento, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Franca, falta "bom senso" da prefeitura.

Para Luciene Tognetta, professora do Núcleo de Psicologia da Educação da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) de Araraquara, os problemas demonstram a desvalorização e falência do sistema educacional.

Em Pitangueiras, as obras de uma escola municipal atrasaram dez dias. Oitocentos alunos foram prejudicados. Eles ficaram sem aula durante todo o período.

Os 14 mil alunos da rede municipal de ensino de São Carlos ficaram sem uniforme escolar e ainda não têm previsão de recebê-lo. A compra foi cancelada pela prefeitura após o Ministério Público investigar a licitação.

Em Araraquara, apesar das aulas terem começado há uma semana, a prefeitura disse que iniciaria ontem a entrega do material didático.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página