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Ribeirão

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Para contratar professor, Dárcy 'dispensa' porteiros de escolas

Prefeitura de Ribeirão Preto não renova contrato com prestadora de serviço para 'economizar'

Segundo o governo da prefeita Dárcy Vera, dinheiro será usado para pagar professores recém-contratados

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Para contratar professores, a Prefeitura de Ribeirão Preto dispensou' os porteiros que controlavam o acesso e ajudavam na segurança nas escolas municipais.

A empresa Arcolimp Serviços Gerais, Ltda., que mantinha porteiros nas 108 escolas, não teve o contrato renovado com o governo da prefeita Dárcy Vera (PSD).

A alegação da prefeitura é de que a medida visa conter recursos para pagar professores recém-contratados (leia texto nesta página). A economia, segundo o governo, será de R$ 5 milhões --no ano passado, a empresa foi contratada por R$ 5.818.527,48.

Em crise financeira, a prefeitura registrou um saldo de restos a pagar de R$ 234 milhões em 2013, que migraram para as contas deste ano.

No final do mês de janeiro, o município foi obrigado pela Justiça a contratar mais professores porque os alunos corriam o risco de ficarem sem aula. Segundo a prefeitura, foram convocados 254 professores efetivos e mais 298 emergenciais.

O juiz da Vara da Infância e Juventude, Paulo César Gentile, também proibiu que o número de alunos por sala exceda 15% do previsto pelo Conselho da Educação.

TRABALHO

Desde ontem de manhã, as unidades escolares estão sem porteiros. O governo informou que não irá contratar uma nova empresa e que o serviço será feito pelos funcionários das escolas. O temor, agora, é com a segurança nas unidades de ensino.

"Tem alunos que ficam esperando os pais buscarem e tem também a educação infantil. A função dos porteiros é extremamente importante", disse Rodrigo da Cruz Goulart, presidente do Conselho Municipal da Educação.

A medida também foi criticada pela Aproferp (Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto).

O superintendente da Arcolimp, Alberto Felício Júnior, disse que se preocupa com o pagamento do acerto dos cerca de 180 funcionários, já que a prefeitura rescindiu o contrato devendo cerca de R$ 1,1 milhão.

"São três meses em aberto e devemos ter uma despesa de R$ 400 mil em verbas rescisórias", afirmou.

Em outubro do ano passado, os funcionários cruzaram os braços depois de a prefeitura deixar de pagar a empresa por quatro meses.


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