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Reclamações crescem 74% na gestão Dárcy

Queixas da população são registradas pela Ouvidoria da Prefeitura de Ribeirão por meio da internet ou telefone

Insatisfação é maior no setor de água e esgoto; prefeitura diz que alta reflete criação de canais de comunicação

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

As reclamações da população sobre os problemas relacionados aos serviços prestados pela Prefeitura de Ribeirão Preto cresceram 74,2% sob a gestão da prefeita Dárcy Vera, de 2009 a 2013.

No primeiro ano de governo da prefeita, foram 2.183 queixas na Ouvidoria da prefeitura. Já no ano passado, após cinco anos da administração, as reclamações saltaram para 3.803.

Os dados foram obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação. As reclamações foram feitas por meio do site da prefeitura ou pelo telefone 156.

Em nota, a prefeitura afirmou que o aumento do número de queixas reflete a criação de vários canais de comunicação com a população e a sua consequente divulgação.

O setor recordista de reclamações e o que registrou a maior alta no período foi o de serviços de água e esgoto. As queixas contra o Daerp (departamento de água e esgoto) aumentaram 152%, de 753 para 1.899 ano passado.

A alta nas reclamações da população foi registrada ano a ano. Entre os problemas, os que mais cresceram foram vazamentos de água em calçadas e ruas. A alta foi de 995 queixas, em 2012, para 1.061, no ano passado.

Até 2011, a reconstrução de calçadas liderava o ranking das reclamações do Daerp.

Os vazamentos são apontados pela prefeitura como um dos grandes motivos do desabastecimento de água na cidade--que é, também, um dos maiores problemas da atual administração.

Há quatro meses, o vendedor Henrique Rezende Cardoso, 42, enfrentou o primeiro vazamento na tubulação que liga a casa onde mora, no Parque dos Bandeiras, à rede de abastecimento.

O problema foi solucionado na época, mas na semana passada o vazamento voltou e o abastecimento de água foi comprometido. Segundo ele, o reparo foi feito com uma cobertura de borracha sobre o cano. "Com o tempo, o material seca e volta o vazamento", disse.

OUTROS CASOS

A Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano) foi o segundo setor que registrou crescimento nas reclamações, com 87,5%. Os números subiram de 32 para 60 no período. A maior parte das queixas é referente à falta de sinalização de trânsito --ano passado, foram 48.

Embora tenha um canal com a população, a Ouvidoria é administrada por funcionários da prefeitura, o que fere o princípio da transparência e independência, segundo o professor de Direito Público Manoel Eduardo Alves Camargo e Gomes, da Universidade Federal do Paraná --o primeiro ouvidor do Brasil.

"A ouvidoria não é um balcão de reclamações e sim, um lugar de defesa da população", afirmou o especialista.


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