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Ribeirão

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Periferia fica excluída de programação para a Copa

Mais de 200 artistas se apresentarão em locais próximos à região central

Meta é descentralizar as atividades, afirma Secretaria da Cultura, o que contrasta com o cenário existente hoje

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A periferia de Ribeirão Preto está de fora da programação cultural local preparada para a Copa do Mundo, quando a cidade hospedará a delegação francesa.

No total, mais de 200 artistas vão se apresentar em locais como os teatros Pedro 2º, Arena e Municipal, concentrados na região central, no projeto Copa Cultural.

A programação começará em 10 de junho, dia seguinte à chegada da seleção da França, e terminará em 13 de julho, data da final da Copa.

No mesmo período, nos dias 21 e 22 de junho, a prefeitura fará, com apoio do Estado, o "Ribeirão 24h de Arte", nos mesmos moldes da Virada Cultural, que reúne uma série de apresentações artísticas no período de um dia.

Segundo o secretário da Cultura da cidade, Alessandro Maraca, a programação deverá ocorrer em locais como a esplanada do Pedro 2º e parques --a maioria em zonas nobres e centrais.

As organizações de ambos os eventos repetem o modelo de gestão da cultura do governo Dárcy Vera (PSD), que exclui a periferia da cidade.

Questionada, a Secretaria da Cultura afirmou, porém, que um dos principais objetivos é descentralizar suas atividades, o que contrasta com o cenário existente hoje.

O PIC (Programa de Incentivo à Cultura), que poderia financiar ações pulverizadas na cidade, está congelado.

O edital deveria ter sido publicado em novembro de 2013, mas ainda não foi e não há previsão de quando será.

Dos aparelhos culturais oferecidos pelo poder público, apenas um não está no centro: o Quintino 2, que fica no bairro de mesmo nome.

O espaço oferece cursos e tem um servidor pago pela prefeitura. De resto, é mantido pela Fundação Feira do Livro e a população, incentivada principalmente pelo produtor e MC Elieser Pereira, 30.

Os moradores do bairro buscaram incentivo e revitalizaram a biblioteca, além de realizar reparos na unidade.

"É preciso mostrar para a comunidade que o centro é dela e que é preciso cuidar."

"O Estado não é produtor de cultura, quem a faz é a própria população. Cabe ao poder público o fomento para que isso aconteça", disse o historiador e produtor cultural Jonas Paschoalick.

Ele é um dos realizadores do Se Vira, evento independente de 27 a 29 de junho --que também concentrará as atrações no Morro São Bento, próximo ao centro.

Durante o ano, o programa fez eventos em bairros como Branca Salles. "Não há dúvida de que não há uma política cultural descentralizada. A programação de junho é basicamente para francês ver."


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